5 Mulheres negras que você devia se inspirar

Bom, lembram quando fiz uma matéria falando de 5 mulheres negras para vocês se inspirarem e todas elas eram famosas e muito bem conhecidas, tinha de Beyoncé a Karol Conka, E agora? você não conhece ninguém nunca ouviu falar, mas já pensou em tentar se inspirar nelas? ou pelo menos conhecer um pouco da história, são garotas normais simples, mas que assim como Beyoncé, Rihanna, Karol Conka, Candice Patton e Nicki minaj, elas batalham pela luta dos negros, e tem planos para futuro sobre, e coisas pessoais sobre elas, que deve fazer você se apaixonar.

Por  Thainá Passos, do OH, preta

1- Mariana Costa.

Bem, me chamo Mariana, tenho 19 anos e só me descobrir negra entre 17 e 18 anos. Não sei muito bem como isso se deu, mas depois que eu comecei minha transição capilar, comecei a sentir minha raiz formar cachinhos, entrei em grupo de meninas que apoiam e ajudam as outras na transição, comecei a entender e me reconhecer como negra e me orgulhar disso. Então depois comecei a entender, a minha posição dentro dessa sociedade, que é machista e racista e que mulher negra, não bem vista, não é bem tratada e é sempre esquecida. Curso Serviço Social na UFRJ e estou muito feliz por estar lá, enegrecendo a faculdade. Até hoje não sei dizer os motivos pelo qual escolhi serviço social, mas sei que foi a melhor escolha. Quero ajudar a construir um novo projeto de sociedade, pois o que vivemos, nós oprime de todas as formas possíveis. Quero militar e trabalhar ao lado de mulheres. Me descobrir negra e empoderar, foi a melhor coisa que me aconteceu na vida e só me deu forças para lutar contra todas as formas de opressão que nos, mulheres negras, sofremos, seja ela vinda do Estado, seja pela falta de representatividade, que tenta nos embranquecer TODOS os dias. Visto tudo isso, tento empoderar ao máximo as meninas negras, assim como recebi apoio quando precisava, faço de tudo para apoiar as que precisam. Hoje me sinto ótima comigo mesma, de uma forma que nunca senti antes.

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2- Vivian Nascimento.

Meu nome é Vivian, tenho 19 anos e curso economia na UERJ. O curso de economia é um curso que junta o exato com o humano, e é isso que me fascina. Bem, há 9 meses atrás comecei a minha transição capilar; no inicio eu apenas estava insatisfeita com meu cabelo com química, mas depois eu realmente passei por uma transição. Transição porque é um processo de aceitação e de afirmação do que você realmente é. Assim depois de um  tempo, comecei a procurar coisas que pudessem me ajudar nesse processo, até porque não é fácil. Mulheres negras das redes sociais eram minhas inspirações, páginas e texto sobre o empoderamento negro me fizeram querer ainda mais me sentir livre. Atualmente, fiz meu BC e confesso que nos primeiros dias não me senti tão bem, mas agora eu me sinto ótima, realizada, liberta e empoderada, sendo negra e tendo meu cabelo do jeito lindo que ele é.

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3-Juliana Passos.

Meu nome é Juliana, tenho 24 anos. O que eu faço da vida? Bem eu, atualmente estudo, estou no último período de nutrição, e pretendo trabalhar assim que me formar, para poder sustentar a mim e minha filha de 1 ano de idade. Bem me sinto feliz, por que mesmo que ainda se tem muito preconceito no país, é bem legal ter pessoas que lutam pelas igualdades, principalmente raciais. Ainda falta muito pra mudar, mas aos poucos o negro vem tomando espaço na sociedade. quero muito fazer diferença no mundo, em nosso país, principalmente na minha área profissional. Além de tudo moro com minha vó e madrinha, perdi minha mãe na infância, confesso que é difícil falar dessa parte da minha vida, mas sinto muita falta de ter minha mãe, mesmo não lembrando muito dela, eu tive um relacionamento abusivo que durou 5 anos, depois acabou felizmente,  em seguida comecei um novo namoro, para poder esquecer, mas acabando que engravidei, confesso que foi difícil de eu aceitar a gravidez, pois, sempre achei que teria que terminar os estudos, casar depois viriam os filhos, mas aconteceu. Hoje, não estou com pai da minha filha, que é meu anjinho, minha melhor amiga, que mesmo passando por problemas familiares difíceis, só pelo simples sorriso me faz a pessoa mais feliz do mundo. Fisicamente ela se parece pouco comigo, mas somos muito parecidas, da maneira como agimos. Amo muito minha Lele, é por ela que luto, que enxugo minhas lágrimas e corro atrás, que não dou o braço a torcer, que me faz ter esperança que todas as turbulências, um dia irão passar. E sonho um dia, ter o meu “feliz pra sempre”.

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4- Maria C. Freitas.

Meu nome é Maria, tenho 18 anos e estou terminando o ensino médio. Eu me sinto representada quando vejo matérias sobre o meu cabelo, sobre o corpo ou sobre a solidão da mulher negra. Me sinto muito contemplada de ter alguém que passa pelo mesmo que eu. Eu amo o blogueiras negras justamente por isso. Eu sempre tento mudar na cabeça, principalmente da minha família e tal, que nós podemos ser sim bonitos usando nosso cabelo natural e se aceitando como somos. As vezes é muito difícil desconstruir racismo em uma pessoa que ficou 60 anos ouvindo aquilo. E o movimento negro me empoderou mais do que nunca: hoje eu me sinto bonita, gosto do meu cabelo natural e dos meus traços fortes. Ele me fez perceber que sim, eu poderia me amar e ser amada mesmo com características negras.

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5- Thainá Passos

Meu nome é Thainá, tenho 19 anos, estava cursando letras, português, meu sonho antes era fazer português e italiano, já que sou apaixonada pelo idioma, bom depois de muito pensar ficou clara, que não tenho nada a ver com letras, e sim com cinema que faculdade dos meus sonhos, mas me interesso muito também por publicidade, comunicação social seja jornalismo ou publicidade, me dou muito bem, e por isso no segundo semestre começo a cursar. Uns dos outros sonhos que ser escritora, que ponto G da minha questão, de realização sonhos, ser uma escritora bem sucedida e espero que um dia todos posso ler minhas obras, e pretendo abrir uma editora. E mais tarde farei cinema e quem sabe eu mesmo, não produzir uns dos meus livros, e faze-ló virar filme? Ah, fiz blog oh preta, para tentar me divulgar e achar meu lugar na sociedade como escritora, e como o blog já diz “Oh, preta”, o nome já diz tudo, tenho orgulho de ser negra, tenho orgulho da minha mãe que mesmo sem saber lutou no movimento negro desde muito nova, hoje minhas opiniões, o que eu sou e o que vou devo a ela!!! Meu cabelo infelizmente vou alisado, mais não faz eu odia-lo. ou deixar de me amar por causa disso, pelo contrário me amo tanto, que queria que todas as pessoas se amem assim do jeito que você é, e do jeito que você nasceu, hoje finalmente aceito meu corpo, minha cor, minha boca grande, meu nariz também, coisas pequenas e podem parecer boba, mas me fazem muito feliz, eu amo quem eu sou, quem me tornei e quem vou me tornar, e só começo da minha luta, e grande luta no movimento negro.

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Bom, é isso meu amores até próxima e já estou com projetão para blog, então e serei muito mais ativas, eu prometo, adoro vocês, obrigada mesmo XOXO

 

Imegem: Vanessa Long/Pinterest

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