Angola celebra 56 anos da independência e início da disputa eleitoral

Do Vermelho

 

Os preparativos para recordar a data patriótica colocaram ênfase na formação das novas gerações, as que por lei da vida deverão levar adiante o processo que iniciaram os nacionalistas há quase seis décadas.

O Buró Político do Comitê Central do partido que está no governo, Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), pediu que se aproveite a data para impulsionar a construção de um futuro de paz, de harmonia e de progresso econômico e social no país.

Angola deve promover o desenvolvimento sustentável, garantindo a inclusão econômica e social, a estabilidade macroeconômica e a diversificação da economia nacional, para reduzir as desigualdades, expôs no comunicado o MPLA.

O ato nacional foi realizado no Marco Histórico de 4 de fevereiro, no município de Cazenga, o monumento erguido em 2005 aos heróis daquela época.

Nesta ocasião, as atividades, até o 25 de fevereiro, desenvolvem-se sob o lema Honremos os heróis de fevereiro com a construção de um futuro melhor.

O historiador Melkiades Abel Kerlan defendeu uma maior divulgação dos fatos para que a nova geração tenha consciência do que fizeram outros angolanos para a conquista da independência nacional.

“É imperativo que a nova geração conheça o início da luta armada pela libertação nacional e a valentia dos nacionalistas”, expressou.

Em 4 de fevereiro de 1961 um grupo de nacionalistas atacou com machados os cárceres de Luanda com o propósito de libertar os prisioneiros que o regime português mantinha.

Presidenciável do MPLA diz estar preparado para governar Angola

O candidato presidencial pelo dirigente Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA), Joao Lourenzo, expressou hoje que está preparado para governar o país para dirigi-lo na consolidação da democracia e o desenvolvimento.

Anunciado pelo presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos, como cabeça de lista dessa formação para as eleições gerais de agosto próximo, Lourenzo poderia ser convertido no terceiro presidente do país após a independência de Portugal, em 11 de novembro de 1975.

Em suas primeiras declarações depois de fazer-se pública a decisão do Comitê Central do MPLA, o também vice-presidente do partido comentou que iniciou sua preparação para o cargo desde que a direção da organização o escolheu.

‘Sim, estou disposto a aceitar o repto que o presidente José Eduardo dos Santos e o partido puseram em minhas mãos’, manifestou à margem da terceira reunião ordinária do Comitê Central.

A prioridade agora, disse, é trabalhar para ganhar as eleições.

Interrogado pelos jornalistas sobre se o tempo restante para as eleições é suficiente para ser conhecido pelos eleitores, o também ministro de Defesa assegurou que não é um desconhecido.

Minha cara conhece-se, afirmou. Os desafios são a consolidação da democracia e o fortalecimento da economia, afirmou.

Ainda que reconheceu o desafio de superar a dos Santos na presidência, desde 1979, Lourenzo assegurou que é possível com o apoio do MPLA e de todos os angolanos.

O partido, afirmou, continuará cumprindo com sua grande missão de criar as melhores condições possíveis para o povo de Angola.

Com 62 anos de idade, o general da reserva encabeça a lista de deputados à Assembleia Nacional, que renovará suas 220 cadeiras na disputa.

Acompanha-lhe na fórmula o atual ministro de Administração do Território Bornito de Sousa, de 63 anos de idade.

O resto da lista ficou em mãos dos 332 membros do Comitê Central reunidos em um centro turístico da capital, o Futungo de Belas.

Com tais anúncios, o MPLA converteu-se na primeira força política que dá a conhecer oficialmente sua fórmula presidencial.

De acordo com a lei eleitoral vigente, de 2010, o partido com mais assentos no legislativo escolhe ao presidente e ao vice-presidente para um mandato de cinco anos.

Ainda que, no geral, os primeiros nas listas das organizações políticas são os presidentes e vice-presidentes delas, se espera que agora se apressem em anunciar oficialmente.

Só falta fixar o dia da votação e marcar o início das campanhas, apesar de que todas as formações iniciaram suas atividades eleitorais no que chamam de prévias.

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