Cinco vantagens da camisinha feminina que nem todo mundo conhece

Ela já existe desde 1980, mas foi de uns anos pra cá que começou a receber mais atenção: camisinha feminina.

Do Catraca Livre 

Infelizmente ela não é encontrada tão facilmente quanto a masculina e ainda tem um preço maior que sua ‘concorrente’. O bom é que ela também é distribuída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser encontrados nos postos de saúde.

O que muita gente (ainda) não sabe é que ela proporciona mais prazer às mulheres e homens, além de proteger tanto ou mais que camisinha masculina.

“O método é uma alternativa tão eficaz para prevenir DSTs ou uma gravidez indesejada quanto à camisinha masculina”, afirma a ginecologista Daniela Gouveia, do Femme Laboratório da Mulher em matéria do Minha Vida, parceiro do Catraca Livre.

Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 90% das mulheres sexualmente ativas no Brasil conhecem ou já ouviram falar da camisinha feminina, mas ainda há muitas dúvidas sobre seu uso.

Como usar?

A camisinha feminina possui uma extremidade fechada, que contém um anel flexível e móvel. Ele serve de guia para inserir a camisinha no fundo da vagina.

O anel (da parte fechada) deve ser apertado e introduzido na vagina, use o dedo indicador para empurrá-lo o mais fundo possível, para alcançar o colo do útero. A extremidade aberta camisinha possui outro anel flexível, que vai cobrir a vulva, essa argola deve ficar aproximadamente 3 cm para fora da vagina.

Na hora da penetração o pênis deve ser guiado para o centro do anel externo. Com o movimento do pênis, é normal que a camisinha também se mova um pouco. Uma vez terminada a relação sexual, a camisinha deve ser retirada apertando e torcendo o anel externo, para garantir a manutenção do esperma no interior da camisinha. Depois, basta puxar o preservativo para fora delicadamente.

Além de fácil de usar, ela pode oferecer muitos benefícios na proteção e prazer. Veja:

  1. Menos alergênica: algumas mulheres são alérgicas ao látex, material usado para fazer a camisinha masculina, e acabam sofrendo com ressecamento e irritação na área de contato, o que incomoda e pode dificultar o prazer, além de servir de porta de entrada para infecções. A versão feminina é feita de poliuretano, que é pouco alergênico.
  2. Maior proteção contra DST: o pedaço que fica para fora da vagina acaba protegendo também a região da vulva (o que não é possível usando a masculina). Isso evita o contato da vagina ou pênis com possíveis verrugas e feridas consequentes de HPV e gonorreia.
  3. Estimula o prazer do casal: para elas, segundo especialistas, a parte que fica sobre a vulva pode se mover durante o ato, estimulando o clitóris e proporcionando mais prazer.
    Já eles, que costumam se incomodar com o ‘aperto’ que a camisinha masculina causa no pênis, sentem mais conforto usando a versão feminina, que também facilita a penetração e, por ser mais fina, aumenta a sensibilidade.
  4. Oferece mais lubrificação: algumas mulheres possuem pouca ou nenhuma lubrificação natural, o que pode causar dores e ardência durante o sexo.
    O preservativo feminino é uma boa opção nesses casos, pois o produto já contém lubrificante e facilita a penetração.
  5. Promove o autoconhecimento: além de impossibilitar a busca por novas formas de prazer, não conhecer o próprio pode atrapalhar o diagnóstico de doenças, como as sexualmente transmissíveis. Ao colocar e retirar a camisinha feminina a mulher acaba conhecendo mais seu corpo, o que pode estimulá-la a observar a área íntima com mais atenção.

Veja mais benefícios do preservativo feminino no Minha Vida.

+ sobre o tema

Assim como na vida real, mocinhas que fazem aborto são condenadas na ficção

Da Agência Patricia Galvão: Há pelo menos duas opiniões –...

Gisele, eu tenho um cérebro!

Algum tempo atrás eu escrevi um artigo intitulado "E...

Qual é a parte do racismo na saúde que o CFM não enxerga?

A saúde da população negra é um campo construído...

Relatório aponta desigualdades de gênero no acesso à educação

No marco da Campanha Educação Não Sexista e Anti...

para lembrar

Etiqueta sexual para a mulher moderna

Uma vez eu conheci um cara. Por Clara do  Lugar...

11 coisas que não tem nada a ver com ser mãe de meninos

Muitas mulheres dizem que sonham em ter filhas meninas....

Michelle Obama visita África

Primeira Dama vai visitar Libéria e Marrocos do Voa Portugues A...

Quanto machismo há na sua empresa?

Surge nos Estados Unidos o primeiro índice para mostrar...
spot_imgspot_img

Seminário promove debate sobre questões estruturais da população de rua em São Paulo, como moradia, trabalho e saúde

A Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos D. Paulo Evaristo Arns – Comissão Arns...

O atraso do atraso

A semana apenas começava, quando a boa-nova vinda do outro lado do Atlântico se espalhou. A França, em votação maiúscula no Parlamento (780 votos em...

A indiferença e a picada do mosquito

Não é preciso ser especialista em saúde para saber que condições sanitárias inadequadas aumentam riscos de proliferação de doenças. A lista de enfermidades que se propagam...
-+=