Faxineira chamada de “macaca” gera protestos em universidade

A funcionária e duas colegas de trabalho sofreram agressões verbais de três alunas de administração da UEMG

no DM

Na Universidade Estadual de Minas Gerais (UEMG), em Passos, três alunas do curso de administração estão sendo investigadas sob suspeita de terem chamado uma faxineira de “macaca” nesta segunda-feira (5). O ato de racismo gerou revolta entre os outros estudantes que promoveram um protesto em defesa dos direitos da funcionária.

Segundo informações do Boletim de Ocorrência (BO), as três mulheres teriam se irritado com a faxineira e outras duas funcionárias por estarem limpando o corredor. Segundo testemunhas, as alunas teriam dito “isso não é hora de lavar corredor. Agora é hora do intervalo… vacas”, dispararam.

Na sequência, uma das alunas foi em direção à faxineira negra e disferido frases com teor racista.

“Para de limpar, sua macaca. Por que ainda está limpando? Já falamos para parar”, desferiu a estudante.

Sob apoio de outros alunos, a funcionária procurou a delegacia e registrou ocorrência. O inquérito sobre o caso já foi aberto e as alunas devem ser convocadas a prestar depoimento, informou a Polícia Civil de Passos.

Na manhã desta quarta-feira (7) um protesto em repúdio ao comportamento das agressoras aconteceu na universidade.

“Toda a articulação da manifestação foi feita em sigilo. A intenção era ocupar a universidade enquanto a acusada estivesse em aula O recado de dor e indignação da comunidade negra tinha um endereço e ele não era a universidade em si, mas a agressora. Embora tenha sido dito em diversas mídias que eram três agressoras, apenas uma delas atacou a funcionária com xingamentos sexistas e racistas”, conta.

A UEMG abriu sindicância para decidir quais serão as punições que as alunas deverão receber.

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