Feministas lançam revista feminina gratuita

á centenas de revistas femininas que não são feitas, de fato, para as mulheres: com pautas que visam construir uma mulher ideal para os homens, colocando incontáveis defeitos nas leitoras e tentando vender produtos que convenientemente “corrigem” esses supostos defeitos, o mercado de revistas femininas parece não se importar nem um pouco com o real bem estar das mulheres.

Por Jarid Arraes Do Portal Fórum

 

Cansadas da lamentável situação em que se encontram as revistas femininas, as mulheres daRevista AzMina resolveram lançar uma publicação gratuita, recheada com tudo aquilo que ainda não dá para encontrar nas bancas. A proposta da Revista AzMina é caber nos celulares, tablets e computadores livremente, oferecendo conteúdo de qualidade num esforço constante de garantir que todas as mulheres se sintam representadas e escutadas pela revista.

Por isso, AzMina conta propostas voltadas para mulheres de todos os corpos, sejam magras ou gordas, cis ou trans, além de incluir mulheres de todas as orientações sexuais, incluindo as lésbicas. A ideia também é ter ensaios de moda, mas com modelos diversas e propostas acessíveis, não apenas peças caríssimas que só servem em mulheres magras.

O detalhe é que pra tudo isso acontecer e para que o conteúdo chegue gratuitamente a todas que desejarem, a Revista AzMina precisa de apoio. Com a criação do financiamento coletivo, é possível contribuir com valores a partir de R$ 10,00 e ganhar recompensas pela doação. Aliás, duas categorias de recompensas contam com cordéis da minha autoria sobre mulheres negras históricas no Brasil e, claro, falando contra padrões de beleza.

Na página da campanha é possível ver todos os detalhes e saber como ajudar. E se você não tem grana, pode e deve ajudar compartilhando esta publicação ou a própria página do financiamento para que outras pessoas conheçam a proposta e contribuam. O mais importante é apoiar projetos de mulheres para mulheres – assim, a gente garante uma transformação social efetiva e muito mais empoderamento para todas nós!

Confira o vídeo da campanha:

+ sobre o tema

Carta aberta a uma mãe

Carta aberta de uma mãe que não sabe o...

Terceirização tem ‘cara’: é preta e feminina

O trabalho precário afeta de modo desproporcional a população...

Exclusão de gênero do Plano Nacional de Educação é retrocesso, diz educador

Termo foi retirado também de planos municipais e estaduais...

Arquitetura dos direitos reprodutivos e ameaças ao aborto legal e seguro

Iniciamos esta reflexão homenageando a menina de 10 anos,...

para lembrar

Fusão ministerial é “apagão histórico”, afirmam juristas e especialistas

O Instituto Patrícia Galvão ouviu juristas, especialistas, pesquisadores e...

Por que as mulheres são estupradas, segundo a polícia – Por: Nádia Lapa

Policial catarinense dá dicas para as mulheres evitarem estupro....

Programa Justiça Sem Muros do ITTC lança campanha sobre visibilidade ao encarceramento feminino

Inspirado na arte de Laura Guimarães, o programa Justiça Sem...

Professores, técnicos e alunos poderão usar o nome social na Uepa

A Universidade do Estado do Pará (Uepa) passa a...
spot_imgspot_img

Ela me largou

Dia de feira. Feita a pesquisa simbólica de preços, compraria nas bancas costumeiras. Escolhi as raríssimas que tinham mulheres negras trabalhando, depois as de...

“Dispositivo de Racialidade”: O trabalho imensurável de Sueli Carneiro

Sueli Carneiro é um nome que deveria dispensar apresentações. Filósofa e ativista do movimento negro — tendo cofundado o Geledés – Instituto da Mulher Negra,...

Medo de gênero afeta de conservadores a feministas, afirma Judith Butler

A primeira coisa que fiz ao ler o novo livro de Judith Butler, "Quem Tem Medo de Gênero?", foi procurar a palavra "fantasma", que aparece 41...
-+=