Hoje na História, 4 de fevereiro, há 98 anos, nascia a ativista negra Rosa Parks

Enviado por / FonteDa Radioagência Nacional.

Há noventa e oito anos nascia em Tuskegge, no estado do Alabama, Rosa Parks, considerada a mãe dos direitos civis dos norte-americanos.

Rosa Louise McCauley, popularmente conhecida por Rosa Parks, era uma simples costureira que se tornou famosa por ter se recusado com veemência a ceder o seu lugar no ônibus a um branco.

O incidente foi no dia primeiro de dezembro de 1955. Rosa Parks foi presa, julgada e condenada. Seu ato e sua prisão deflagraram uma onda de manifestações de apoio e revolta que se transformou no estopim do movimento denominado Boicote aos Autocarros de Montgomery.

Era o início da luta dos negros norte-americanos contra o preconceito nos Estados Unidos. O boicote aos transportes públicos durou 386 dias e quase levou à falência o sistema urbano de transportes.

Rosa cresceu em uma Fazenda no estado do Alabama, no Sul dos Estados Unidos. Devido a problemas de saúde na família foi obrigada a interromper os estudos e trabalhar como costureira.

Seu envolvimento com o movimento negro norte-americano ocorreu após o casamento, em 1932 com Raymond Parks, membro da Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor; uma organização que luta pelos direitos civis dos negros.

Foi inspirado na atitude de Rosa que o então jovem pastor negro Martin Luther King Jr. passou a incentivar, em seus sermões, que os negros fiéis fizessem o mesmo.

Este movimento teve grande repercussão nos Estados Unidos na década de 1950, pois o já famoso pastor pregava pelos direitos civis por meio do slogan “ao menos diga… Eu sou negro, com muito orgulho”.

A pregação de Luther King mudou completamente a história dos Direitos Civis para os negros norte-americanos e influenciou gerações de negros no mundo inteiro.

A atitude solitária de Rosa Parks, ao ser acolhida por Martin Luther King, nunca mais foi uma atitude solitária e ela acabou reconhecida como a mãe dos Direitos Civis norte-americanos.

Em 1966 o governo dos Estados Unidos a premiou com a Medalha Presidencial Pela Liberdade.

Em 1999, o Congresso outorgou a ela a Medalha de Ouro, a mais alta honraria civil, prêmio que recebeu das mãos do então presidente Bill Clinton.

Em novembro de 2000 foi inaugurado, em Montgomery, o Museu Rosa Parks, onde os visitantes podem assistir a filmes que contam como era a vida dos negros na época da segregação racial.

Recentemente o presidente norte-americano Barack Obama citou a costureira como uma mulher que ajudou a mudar os Estados Unidos.

Rosa morreu em Detroit, em 2005, aos 92 anos, de causas naturais.

 

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