Homofobia tem cura? Terapeuta explica que existe tratamento para o preconceito

Lei contra o tipo de crime comemora 15 anos de existência em SP, mas delitos ainda acontecem diariamente

Do Folha Geral 

Há 15 anos, em novembro de 2001, o estado de São Paulo deu um passo contra a homofobia e aprovou uma lei que pune às práticas de discriminação em razão de orientação sexual. Atualmente, o cenário do Brasil mudou, no entanto ainda é possível ver muitos crimes contra LGBTs, desde discriminações em casa, nas ruas, nas escolas e em empregos, até mortes, que, segundo pesquisas chegam a fazer 325 vítimas por ano. Todos os casos, independente da gravidade, acontecem por conta de um motivo: a homofobia.

Os criminosos sempre apontam muitos motivos por trás deste pensamento. No entanto, de acordo com o terapeuta Bruno Cesar Costomski, criador do Tardemah Terapia, método sem o uso de medicamentos e não invasivo e que confere saúde emocional e elimina bloqueio, a atitude homofóbica nada mais é do que uma repulsa ou preconceito e, em ambos os casos, existe cura.

“As pessoas passam a ter discriminação pela forma errada que as informações são passadas a ela. Quando se associam atitudes erradas a uma classe da sociedade, ela passa a sofrer com pré-julgamentos. No fundo, a falta de entendimento e informação é que acaba provocando grandes preconceitos. ”, afirmou.

Para Bruno, a homofobia, ou outros tipos de preconceitos como o racismo, a xenofobia, e a gordofobia, têm como ser revertidos com tratamentos que realçam a importância do respeito e do esclarecimento. “Muitas pessoas têm as suas realidades como “oficiais” e não assumem que existem outras. Elas querem impor suas próprias regras, é preciso tratar esse sentimento.”

A terapia, para estes casos, pode ajudar famílias que não aceitam os filhos, ampliando, assim, o diálogo e fazendo com que menos pessoas transmitam este pensamento para as próximas gerações. Ainda segundo o especialista, é cada vez mais importante se pensar em acompanhamento terapéutico para quem cometeu um crime hediondo motivado pela fobia. “Essas pessoas têm que pagar pelos crimes, mas apenas deixá-las encarceiradas e soltá-las em alguns anos não é uma maneira inteligente de se tratar o problema. É preciso que elas saibam que o pensamento é errado e eliminem essa atitude inteiramente.”

 

+ sobre o tema

Drag queen é agredida com golpes de foice em São Gonçalo

Jovem de 19 anos estava em uma lanchonete no...

Renda de casais homoafetivos é 65% maior do que a de heterosexuais, diz IBGE

O levantamento, de acordo com economista, potencializa o chamado...

Joseane Borges: 1ª mulher trans do Piauí com título de bacharel em Serviço Social

Joseane Gomes Santos Borges é a primeira mulher transexual...

para lembrar

Violência e homofobia de seguranças do Carrefour

Ao ir no Hipermercado Carrefour João Dias, por volta...

Moleque escravo açoitado até a morte pelo crime de sodomia (1678)

Inquisição de Lisboa, proc. 14649 Por Luiz Mott. O segundo  registro...

OAB pede cassação da candidatura de Fidelix por declarações homofóbicas

Por: James Cimino A Comissão Especial da Diversidade Sexual do...

Travesti eleita presidente de câmara não descarta disputar prefeitura

Eleito vereador na cidade de Pilar nas Eleições 2012,...
spot_imgspot_img

PM que agrediu mulher no Metrô disse que ela tinha de apanhar como homem, afirma advogada

A operadora de telemarketing Tauane de Mello Queiroz, 26, que foi agredida por um policial militar com um tapa no rosto na estação da Luz do Metrô de São...

Comitê irá monitorar políticas contra violências a pessoas LGBTQIA+

O Brasil tem, a partir desta sexta-feira (5), um Comitê de Monitoramento da Estratégia Nacional de Enfrentamento à Violência contra Pessoas LGBTQIA+, sigla para...

Homofobia em padaria: Polícia investiga preconceito ocorrido no centro de São Paulo

Nas redes sociais, viralizou um vídeo que registra uma confusão em uma padaria, no centro de São Paulo. Uma mulher grita ofensas homofóbicas e...
-+=