Livro infanto-juvenil narra as dores e os desafios de um grupo de garotas nigerianas que tentam escapar dos horrores da guerra
As mazelas e o sofrimento de centenas de crianças e adolescentes africanos são retratados no novo livro de Julio Emílio Braz – “Griot, Histórias que ouvimos na África”. A publicação, voltada para o público infanto-juvenil relata os conflitos religiosos em nações como Somália, Nigéria, Mali e outras tantas pela ótica de uma garotinha nigeriana. A obra chegará às livrarias ainda este mês.
A narrativa fica a cargo do autor, mineiro de Manhumirim, na região da Zona da Mata, com mais de 150 livros publicados, traduzidos para cinco idiomas. As ilustrações são de Mozart Couto, em um estilo que se aproxima das revistas em quadrinhos, para retratar a fuga de um grupo de adolescentes cristãs de apenas 13 anos das atrocidades de sua cidade natal.
O relato se passa na cidade de Kaduna, durante uma fictícia (nem tanto) guerra entre cristãos e muçulmanos. A história tem início na sala de aula, quando um professor protege as alunas de ataques e bombardeios de soldados de ambos os lados.
Uma das intenções do autor é desmistificar a ideia que o Ocidente tem hoje do Islã, sobretudo devido à violência sempre atrelada à religião nos noticiários internacionais. “Os noticiários costumam apresentar uma visão estereotipada do islamismo, como um grupo de terroristas quando, na verdade, são pessoas normais procurando viver em paz, com tolerância em relação às outras religiões”, explicou.
“Griot” permite desfrutar de uma literatura prazerosa, capaz de resgatar valores, contribuir para a construção da identidade e aguçar a imaginação de inúmeros jovens de todo o mundo que se distam geograficamente, porém se aproximam no que diz respeito ao contexto social.
Serviço
“Griot – Histórias que Ouvimos na África”
Texto de Julio Emílio Braz / Ilustração de Mozart Couto
120 páginas /13,5 x 20,5 cm / R$ 26,00
Editora Melhoramentos, 2012
Fonte: R7
