Michaëlle Jean

Michaëlle Jean, condecorada com a Ordem do Canadá, Ordem do Mérito Militar, Ordem do Mérito das Forças Policiais, Ordem das Forças Canadenses, Real Colégio de Médicos e Cirurgiões do Canadá, nascida em 6 de setembro de 1957, é a atual Governadora-Geral do Canadá. Foi nomeada por Elizabeth II, Rainha do Canadá, mediante recomendação do então Primeiro-Ministro do Canadá Paul Martin, a fim de substituir Adrienne Clarkson como vice-rainha. O anúncio oficial da nomeação foi feito em 4 de agosto de 2005 e a investidura como 27o Governador Geral desde a época da Confederação ocorreu no dia 27 de setembro daquele mesmo ano.

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Jean foi refugiada do Haiti e chegou ao Canadá em 1968, tendo sido criada na cidade de Thetford Mines, Quebec. Após receber inúmeros títulos universitários, trabalhou como jornalista e radialista na Radio-Canada e na Canadian Broadcasting Corporation (CBC), ao mesmo tempo em que se dedicava a atividades sociais, sobretudo em prestar assistência a vítimas de violência doméstica. Sua participação em alguns dos filmes de seu marido, em toda a década de 1990, bem como o fato de ter nacionalidade francesa, provocaram mais tarde controvérsias, ao ser anunciada sua nomeação para Governadora-Geral. Surgiram comentários de que ela havia feito declarações gravadas, que alguns interpretaram como sendo favoráveis à independência de Quebec, e sua dupla cidadania levantou dúvidas sobre sua lealdade. Jean negou quaisquer inclinações separatistas e renunciou à cidadania francesa.

 

Como Governadora-Geral do Canadá, Jean recebe o tratamento de Sua Excelência, enquanto estiver no exercício do cargo, e o título de The Right Honourable, durante toda a duração do vice-reinado e por toda a vida. Tendo em vista as práticas atuais, ela ingressará no Real Conselho Privado do Canadá, quando chegar ao fim seu mandato de representante da rainha.

 

Infância e juventude


Jean fugiu do Haiti em 1968, com sua família, para escapar do regime do ditador François Duvalier, que havia torturado o pai dela, um filósofo, separando-o de sua família durante 30 anos. Ao chegar ao Canadá, a família se estabeleceu em Thetford Mines, Quebec.[1]
Jean recebeu o grau de Bacharel em Artes, em língua e literatura italiana e espanhola, na Universidade de Montreal, e, de 1984 a 1986, ensinou estudos italianos, enquanto completava seu mestrado em literatura comparada. Prosseguiu seus estudos sobre língua e literatura nas universidades de Florença, Perúgia e na Universidade Católica de Milão. Além do francês e do inglês, Jean fala com fluência o espanhol, italiano, o dialeto do Haiti e lê português.[1]

Concomitantemente a seus estudos, entre 1979 e 1987, Jean trabalhou em um abrigo para mulheres, o que abriu o caminho para que ela criasse uma rede de abrigos para mulheres e crianças em todo o Canadá. Trabalhou mais tarde para a organização governamental Employment and Immigration Canada, atualmente Human Resources and Skills Development Canada, e para o Conseil des Communautés Culturelles du Québec, onde começou a escrever sobre as experiências das mulheres imigrantes.[1]

Jean casou como cineasta Jean-Daniel Lafond e o casal adotou Marie Éden, uma menina órfã do Haiti.


Jornalismo

Jean tornou-se repórter, cineasta e radialista da Radio-Canada em 1988, transmitindo noticiário e programas tais como Actuel, Montréal Ce Soir, Virages e Le Point. Em 1995 passou a trabalhar para o Réseau de l´Information, o canal de notícias da Radio-Canada, a fim de ancorar inúmeros programas: Le Monde Ce Soir, Édition Québécoise, Horizons Francophones, Les Grands Reportages, Le Journal RDI e RDI à l´Écoute. Daí a quatro anos foi convidada pela CBC Newsworld, o canal noticioso, em inglês, da CBC, para ancorar os programas The Passionate Eye e Rough Cuts, que transmitiam o que havia de melhor de filmes documentários canadenses e estrangeiros. Em 2004 ela tinha seu próprio programa, Michaëlle, enquanto continuava a ancorar Grands Reportages, da RDI, ao mesmo tempo em que atuava ocasionalmente como âncora de Le Téléjournal.

Durante aquele mesmo período, Jean realizou vários filmes com seu marido, incluindo o premiado Haiti dans tous nos rêves (Haiti em todos nossos sonhos), no qual ela se encontra com seu tio, o poeta e ensaista René Depestre, que fugiu da ditadura de Duvalier e exilou-se na França. No filme ela escreve sobre os sonhos dele para o para o Haiti e lhe diz que o Haiti aguarda seu regresso. Produziu e ancorou noticiário e documentários para a televisão, em inglês e francês, para a CBC (Canadian Broadcasting Company).


Governadora-Geral

Jean é o primeiro Governador-Ggeral do Canadá de origem caribenha; a terceira mulher a ocupar o posto, após Jeanne Sauvé e Adrienne Clarkson; a quarta mais jovem, após John Campbell, Marquês de Lorne, que tinha 33 anos em 1878, Henry Petty-Fitzmaurice, Marquês, de Lansdowne, 38 anos em 1883 e Edward Schreyer, 43 anos em 1979). Foi a quarta ex-jornalista, após Sauvé, Roméo LeBlanc e Clarkson; a segunda, após Clarkson, sem ter antecedentes políticos ou militares. Pertence a uma minoria com visibilidade, rompeu com a tradição de governadores gerais nascidos no Canadá e tem um casamento interracial. É também a primeira representante da Rainha Elizabeth II a ter nascido durante seu reinado. Sua filha é a primeira criança a morar no palácio de Rideau Hall, desde que Schreyer e seus filhos ali moraram no início dos anos oitenta.

 

Designação para Governadora Geral

Ao anunciar em 4 de agosto de 2005 a aprovação da Rainha Elizabeth II em relação à escolha de Jean como sucessora de Clarkson como Governadora-Ggeral, o então Primeiro-Ministro canadense Paul Martin, referindo-se a ela, declarou: “É uma mulher de talento e de grandes realizações. Sua história pessoal é nada menos do que extraordinária. E o extraordinário é precisamente o que esperamos de uma governança geral, pois, afinal, ela deve representar todo o Canadá para todos os canadenses e igualmente para o resto do mundo.”[2] Quase imediatamente perguntaram a Martin se o clima político de Ottawa, naquele momento, o havia levado a recomendar Jean para ser nomeada pela rainha, o que ele negou ser uma manobra política para ganhar representantes em Quebec, onde o Partido Liberal havia perdido 15 cadeiras na eleição de 2004. Por parte do bloco Her Majesty´s Loyal Opposition, a iminente nomeação foi recebida com os comentários mais favoráveis[N 1], com exceção do líder Gilles Duceppe, do Bloc Québécois, que exprimiu decepção pelo fato de Jean ter se decidido a “aceitar um cargo estritamente honorário e em uma instituição que não é democrática”. Adrienne Clarkson, antecessora de Jean, aplaudiu, declarando “tratar-se de uma escolha excitante e imaginativa para o cargo de governador geral”, acrescentando que ela e seu marido aguardavam a investidura de Jean com “grande entusiasmo”.[5] Em seus primeiros comentários após o anúncio, a própria Jean encorajou os canadenses a se envolverem com suas comunidades, afirmando ser seu desejo atender a todos eles, independentemente de suas origens, sendo seu objetivo enfocar especialmente a juventude e os despossuídos do Canadá.

Entretanto, em 11 de agosto de 2008, a publicação The Globe and Mail divulgou que um artigo a ser publicado proximamente, de autoria de René Boulanger, para a publicação Le Québécois, favorável à independência de Quebec, revelaria que Jean e seu marido haviam apoiado a independência daquela região e que o marido era associado a ex-membros de uma organização terrorista, o Front de Libération du Quebéc (FLQ) [6], especificamente a Jacques Rose. Segundo ele, Lafonde, o marido de Jean, havia pedido a Jacques Rose que construísse uma estante para o casal, em sua casa de Montreal. Embora Boulanger admitisse que suas motivações se destinavam a provocar a rejeição de Jean pelos canadenses anglófonos, Gilles Rhéaume, ex-presidente da Sociedade São João Batista, telefonou para ela e lhe disse saber como ela havia votado no referendo pela independência em Quebec, em 1995 [7] [8]. Membros do Parlamento, bem como alguns premiers das províncias, solicitaram que Jean e seu marido esclarecessem para que lado pendiam suas simpatias.[9]

Em resposta a tais solicitações, o primeiro-ministro afirmou que a Governadora-eral Designada e seu marido haviam passado por verificações quanto a seus antecedentes, realizadas pela Real Polícia Montada do Canadá, o que era um procedimento padrão em se tratando de uma nomeação para uma posição de tamanha relevância.[9][10] No entanto, passados quatro dias, a controvérsia voltou a ser suscitada quando, no dia 17 de agosto, La Presse publicou um artigo no qual se dizia que, num documentário, Jean havia sido filmada em um bar de Montreal com vários separatistas linha-dura de Quebec. Todos brindaram “à independência”, após Jean declarar: “A independência não pode ser concedida, deve ser conquistada.” Naquele mesmo dia Jean respondeu por meio de uma declaração pública, afirmando: “Quero dizer, sem o menor equívoco, que eu e meu marido temos orgulho de sermos canadenses e manifestamos o maior respeito pelas instituições de nosso país. Somos totalmente comprometidos com o Canadá. Caso contrário eu jamais teria aceito esta posição… Jamais pertencemos a um partido político ou ao movimento separatista.” Prosseguindo, ela afirmou que, no documentário, ela se referia ao Haiti e não a Quebec. O primeiro-ministro Martin acrescentou a seus comentários anteriores: “Não tenho a menor dúvida que sua dedicação ao Canadá é duradoura e resoluta,”[111], embora alguns críticos continuassem a argumentar que a resposta de Jean fora vaga demais. No final de agosto pesquisas mostraram que houve uma queda de 20% no apoio à recomendação de Jean como a próxima governadora geral. A comunidade haitiana reagiu e exprimiu seu apoio a Jean, chegando até mesmo a realizar serviços religiosos em sua honra.[12]

A rainha Elizabeth II concedeu uma audiência a Jean e a sua família, ocorrida em 6 de setembro de 2005 no Castelo de Balmoral. Embora esse tipo de encontro com um governador geral designado fosse padrão, o encontro com Jean constituiu uma exceção, pois sua filha estava presente. Foi a primeira vez, durante o reinado de Elizabeth, que um vice-rei designado trouxe uma criança a uma audiência real. Embora o encontro fosse bem sucedido, ao regressar ao Canadá Jean ainda tornou-se alvo de comentários, quando a questão de sua dupla cidadania foi levantada, sobretudo a cidadania francesa que ela havia obtido através do casamento com Lafond, nascido na França. Um artigo do código civil francês proíbe que cidadãos franceses ocupem posições governamentais ou militares em outros países. Jean, como governadora geral, exerceria uma posição governamental como representante da chefe de estado do Canadá e, enquanto tal, teria um papel militar, exercendo os deveres de Comandante-em-Chefe das Forças Canadenses, papel que incumbia constitucionalmente à monarca.[13]. Embora a embaixada francesa em Ottawa declarasse que “não havia a menor possibilidade” de que a lei não seria aplicada no caso de Jean, no dia 25 de setembro, dois dias antes da cerimônia de juramento, ela anunciou publicamente que havia renunciado à cidadania francesa, “à luz das responsabilidades relacionadas à função de Governadora-Geral do Canadá e Comandante-em-Chefe das Forças Canadenses”[14], dando assim um ponto final na controvérsia.

 

Atuação como Governadora-Geral

Como representante da chefe de estado do Canadá, a Governadora- Geral dá as boas vindas ao presidente Barack Obama, em 19 de fevereiro de 2009.
Por ocasião da cerimônia de investidura no Senado, em 27 de setembro de 2005, Jean declarou que “pertence ao passado aquela época das Duas Solidões, que durante um tempo excessivo marcou o caráter deste país”. Em seu discurso, descrito como “comovente”, Jean também fez apelos à proteção do meio-ambiente, à defesa da cultura contra a globalização e, encerrando, referiu-se à marginalização dos jovens. De acordo com um relato da mídia, “a pompa e a circunstância da mais significativa função de Estado do Canadá mesclaram-se ao bom humor, à paixão e até mesmo às lágrimas”.[15], enquanto John Ibbitson, colunista das publicações The Globe and Mail ecoou, da seguinte maneira, a geral empolgação com a nova governadora geral:

” Aqui temos esta bela e jovem canadense de berço haitiano, com um sorriso de nos fazer perder o fôlego, com um marido mais velho a seu lado, por ela encantado, e com uma filha que personifica literalmente nosso futuro. Olhamos para eles e pensamos: “Sim, esta é nossa grande realização, este é o Canadá que o Canadá quer ser, este é o Canadá que abrirá o caminho para diferentes identidades culturais.[16]”

 

Deveres domésticos

Dando seguimento a seu discurso inaugural, Jean enfatiza, durante o tempo em que servirá como representante da rainha, o fato de que eliminará as Duas Solidões, o que se reflete no lema de seu brasão pessoal: BRISER LES SOLITUDES, “romper as solidões”. Isto vai muito além do relacionamento entre os francófonos e os anglófonos do Canadá, a que as Duas Solidões se referiam tradicionalmente, e inclui relações entre as pessoas de todas as origens raciais, linguísticas, culturais e de gênero no Canadá. Jean também colocou enorme ênfase na condição das mulheres vítimas da violência, encontrando-se com representantes de organizações femininas durante suas visitas ao exterior, bem como por ocasião de suas visitas às províncias do Canadá.[17] Aonde quer que fosse as multidões eram grandes e acolhedoras, em profundo contraste com o baixo nível de aprovação, em pesquisas realizadas antes de sua nomeação.[18] Entretanto, quando seu carro chegou ao Memorial Nacional da Guerra, pouco antes das cerimônias do Dia da Recordação, em 11 de novembro de 2005, em Ottawa, alguns veteranos ali presentes deram as costas à Governadora-Geral e a seu consorte, para mostrar seu desprezo pelas duas pessoas, que na visão deles, eram simpatizantes do separatismo de Quebec, que se empenhavam em dividir um país que os soldados canadenses haviam lutado para defender.[19] Esse incidente ocorreu logo após um jantar na Galeria da Imprensa Nacional. Naquela ocasião, apesar de se tratar de um jovial encontro anual, algo parecido com aqueles encontros em que políticos e repórteres canadenses fazem discursos satirizando-se mutuamente, Jean despertou controvérsias, ao se referir bem-humoradamente ao uso da cocaína – que ele mesmo admitiu – por parte de André Boisclair, candidato à liderança do Parti Québécois.[20]
Jean desempenhou vários outros deveres cerimoniais, tal como entregar a Copa Grey, doada pelo governador geral anterior, Albert Grey, Conde Grey, por ocasião do 93o Campeonato do CFL, em 27 de novembro de 2005, e abrir o Festival Toonik Tyme, realizado em Iaqluit, Nunavut, onde ela doou oitenta livros em inuktitut, francês e inglês à Biblioteca Centenária, em comemoração aos 80 anos da Rainha Elizabeth II, em abril de 2006.[21]. No mês seguinte, no dia 4 de maio, Jean tornou-se o primeiro governador geral a discursar perante o poder legislativo de Alberta, durante sua primeira visita oficial à província, além de fazer outro discurso em Saskatchewan, onde ela participou de uma histórica discussão privada com mulheres (chefes) e anciãos indígenas no Palácio do Governo local.

Em meio a essas viagens pelo país, numa entrevista dada em 18 de setembro de 2006 à Canadian Press, e falando sobre a idéia de subsídios que permitissem aos canadenses visitar outras regiões do Canadá, Jean colocou que os moradores de Quebec “algumas vezes são muito desconectados com o resto do país” e que semelhante isolamento afetava a unidade do Canadá. Após ser criticada pelos políticos separatistas de Quebec, incluindo André Boisclair e Gilles Duceppe, aprofundou suas colocações, acrescentando que os canadenses de todas as províncias eram desconectados de outras regiões do país.[22][23]. No dia 26 de setembro um editorial da Montreal Gazette apoiou as declarações de Jean sobre as divisões entre o povo do Canadá, afirmando que apoiar a unidade nacional fazia parte do mandato de um governador geral.[24] Isso foi no dia anterior àquele em que Jean tornou-se o primeiro governador geral a manter diálogos on line com canadenses, uma iniciativa que fazia parte de um projeto maior, o de criar no domínio do Governador Geral um website chamado “Vozes dos Cidadãos: Rompendo com a solidão”. Seus usuários poderiam comunicar-se através de blogs e fóruns de discussão. A jornalista Chantal Hébert expressou sua preocupação no sentido de que Jean “havia penetrado fundo no território político durante os últimos meses”, citando as críticas da Governadora Geral aos suprematistas de Quebec e seu apoio expresso à missão das forças canadenses no Afeganistão.[25]

Este conceito, segundo o qual Jean ultrapassava os limites convencionais, prosseguiu em 2007, quando conteúdos de seu discurso pronunciado durante uma cerimônia que comemorava os 25 anos da Carta dos Direitos e das Liberdades foram vistos por alguns como uma crítica pouco velada à decisão de seu gabinete no sentido de terminar com o Programa dos Recursos aos Tribunais, o qual até então proporcionava verbas governamentais para grupos sem fins lucrativos, a fim de usá-los em recursos apresentados aos tribunais contra a Coroa.[26] Naquela mesma época noticiou-se que os funcionários do Rideau Hall, um dos prédios do governo, estavam retirando sistematicamente das paredes do palácio retratos da realeza. Essas revelações levaram Michael Valpy, do Globe and Mails, a escrever um artigo esclarecendo melhor as críticas dirigidas a Jeans e a seu esposo, incluindo a agenda supostamente menos sobrecarregada dela, em comparação com a de sua antecessora, o fato de ela não ter percorrido todas as províncias e territórios do país, e os convites feitos a pessoas a quem o jornalista descreveu como “indivíduos potencialmente politizados” para que enviassem mensagem ao blog de Rideau Hall, o palácio do governo. Valpy também revelou que logo no início de seu mandado como primeiro-ministro, Stephen Harper ouviu o seguinte comentário de Alex Himelfarb, que então fazia parte do Conselho Privado: “Primeiro-Ministro, seu maior problema está em Rideau Hall”, referindo-se a Jean e a seu potencial de ser uma “cabeça quente”[27]

Em relação aos comentários de Valpy sobre a agenda reduzida de Jean e até mesmo o cancelamento de alguns eventos, a explicação inicial de Rideau Hall foi a fadiga por parte da Governadora Geral. Mais tarde revelou-se que Jean havia tido problemas com a tiróide e que estava repousando, por recomendação de seu médico. Até então ela havia seguido uma agenda muito movimentada, pois viajou à França para a comemoração dos 90 anos da batalha de Vimy Ridge, regressando logo em seguida a Trenton, Ontario, para aguardar a chegada dos corpos de seis soldados mortos no Afeganistão. Uma vez recuperada, sua função seria dar boas vindas a László Sólyom, presidente da Hungria, em sua visita oficial ao Canadá. Então, seguindo os passos de um antecessor, o Príncipe Artur, Duque de Connaught e Strahearn, governador-geral, que inaugurou a primeira ampliação do museu em 1914 – Jean presidiu a abertura da nova galeria Michael Lee-Chin Crystal, no Real Museu de Ontario, no dia 1o de junho de 2007.[29]

Jean viajou a Nunavut no início de 2009 e lá participou de uma tradicional festa das focas, celebrada pelos Inuit durante um festival comunitário, quando provou a carne de uma foca recentemente morta por caçadores, comendo um pedacinho cru do coração. Embora seu antecessor imediato à festa, o Príncipe Charles, Príncipe de Gales, houvesse experimentado carne crua de foca no Ártico Canadense,[30] o ato de Jean despertou algumas críticas por parte de ativistas dos direitos dos animais,[31], apesar dos elogios da imprensa e do público canadense.[32]. Quando repórteres perguntaram se sua atitude era uma resposta à recente proibição do Parlamento Europeu à importação de produtos canadenses derivados das focas, Jean respondeu: “Interpretem como quiserem.”[33]

Em 27 de junho de 2009 foi anunciado que Jean abriria oficialmente as Olimpíadas de Inverno, que serão realizadas em Vancouver a partir do dia 12 de fevereiro de 2010.[34]

 

Deveres internacionais

A família vice-real empreendeu sua primeira viagem internacional em fevereiro de 2006, indo à Itália para assistir as cerimônias de encerramento das Olimpíadas de Inverno de 2006, quando o Canadá recebeu a bandeira olímpica na qualidade de anfitrião dos próximos jogos, em 2010, bem como para encontrar-se com o presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, em Turim, e com o papa Bento XVI no Vaticano. Mais tarde, naquele mesmo mês, Jean assistiu a cerimônia da posse de René Préval como presidente do Haiti. Foi sua primeira visita à terra natal, enquanto vice-rainha, e foi acolhida com entusiasmo em Jacmel, a cidade onde nasceu.[38]

No fim do ano, entre 18 de novembro e 11 de dezembro de 2006, realizou visitas oficiais a cinco países africanos – Argélia, Mali, Gana, África do Sul e Marrocos – onde a Governadora-Geral encorajou os direitos das mulheres.[39] Em uma ação sem precedentes, ela explicou pessoalmente, em seu website Vozes do Cidadão, o papel da Governadora-Geral em realizar visitas oficiais e o motivo subjacente àquelas viagens pela África[40]. Da África ela continuou a postar suas observações e sentimentos sobre as experiências que vinha tendo no continente africano. No Mali, aonde ela chegou em 23 de novembro de 2006, Jean foi recebida por dezenas de milhares de pessoas alinhadas ao longo das avenidas por onde passou sua comitiva e, na cidade de Benieli, ela foi presentada com um bode, que trazia na coleira uma bandeira canadense.[41] Vendedores também deram a jornalistas canadenses presentes para ser entregues a Jean, contanto que também dessem a ela os números de seus telefones. Tudo isto foi depositado na Seção de Protocolos do Palácio de Rideau Hall.[42] Mais adiante, durante a viagem à África do Sul, o presidente Thabo Mbeki elogiou a decisão do Conselho da Rainha em nomear Jean como governadora geral, citando o fato como um exemplo para os países europeus do tratamento que os imigrantes africanos deveriam receber.[43]

Em sua qualidade de Comandante-em-Chefe, no dia 8 de março de 2007, Jean realizou sua primeira visita às tropas canadenses que tomavam parte da ofensiva no Afeganistão. Antes disso, a Governadora Geral havia divulgado seu desejo de visitar os soldados naquela região, mas o primeiro-ministro, Stephen Harper, aconselhou-a a não ir, citando preocupações com a segurança da vice-rainha, numa área tão turbulenta. Isto se deu apesar de inúmeros políticos canadenses já terem visitado a região, mas ainda assim Jean desembarcou no mesmo dia em que ocorreram dois ataques contra soldados canadenses.[44]. A chegada de Jean havia sido marcada para coincidir especificamente com o Dia Internacional da Mulher e ela declarou: “As mulheres do Afeganistão podem encarar as condições mais insuportáveis, porém jamais deixarão de lutar pela sobrevivência. É claro que nós, o restante das mulheres em todo o mundo, levamos tempo demasiado para ouvir os clamores de nossas irmãs afegãs, mas estou aqui para dizer-lhes que elas já não estão mais sozinhas. E nem o povo do Afeganistão está.” Parte dos deveres da Governadora-Geral incluíram um encontro com mulheres afegãs, bem como com soldados canadenses, a equipe da Real Polícia Montada do Canadá, trabalhadores humanitários e diplomatas.[45]

 

Títulos, estilos, honrarias

Títulos

• 6 de setembro de 1957 – 27 de setembro de 2005: Senhorita/Senhora Michaëlle Jean

• 27 de setembro de 2005 – : Sua Excelência The Right Honourable Michaëlle Jean, Governador Geral and Commandante-em-Chefe do Canada

O título completo da Governadora Geral é, em inglês: Her Excellency The Right Honourable Michaëlle Jean, Chancellor and Principal Companion of the Order of Canada, Chancellor and Commander of the Order of Military Merit, Chancellor and Commander of the Order of Merit of the Police Forces, Governor General and Commander-in-Chief in and over Canada.

Em francês: Son Excellence la très honorable Michaëlle Jean, chancelière et compagnon principale de l’ordre du Canada, chancelière et commandante de l’ordre du mérite militaire, chancelière et commandante de l’ordre du mérite des forces de police, gouverneure générale et commandante en chef du Canada.

Deve-se notar que, no caso de Jean, Comandante-em-Chefe é estritamente um título e não uma posição que ela detém. O verdadeiro comandante-em chefe (que também pode ser e é assim chamado) é perpetuamente o monarca do Canadá.[46]

 

Honrarias
Nomeações

• 27 de setembro de2005 – : Chancellor and Principal Companion of the Order of Canada (CC)[47]

• 27 de setembro de2005 – : Chancellor and Commander of the Order of Military Merit (CMM)[48]

• 27 de setembro de2005 – : Chancellor and Commander of the Order of Merit of the Police Forces (COM)[49]

• 27 de setembro de2005 – : Dame of Justice, Prior, and Chief Officer in Canada of the Most Venerable Order of the Hospital of Saint John of Jerusalem (DStJ)[50]

• 27 de setembro de2005 – : Chief Scout of Canada

• 2005 – : Honorary Member of the Royal Military College of Canada Club

• 2007 – : Honorary Fellow of the Royal College of Physicians and Surgeons of Canada (FRCPSC(hon))[51]

 

Medalhas

• 27 de setembro de 2005: Canadian Forces Decoration (CD)

• 2005: Commemorative Medal for the Centennial of Saskatchewan

 

Prêmios

• 1989: the Human Rights League of Canada Media Award[52]

• 1989: Fondation Mireille Lanctôt Prix Mireille-Lanctôt[52]

• 1994: Canadian Broadcasting Corporation Prix Anik[52]

• 1995: Amnesty International Canada Journalism Award[52]

• 1997: City of Montreal Citizen of Honour[52]

• 2000: Conseil de la Langue Française du Québec Prix Raymond-Charette[52]

• 2000: Canadian Association of Cable Television Providers Galaxie Award[52]

• 2001: Academy of Canadian Cinema and Television Gemini Award[52]

• 2003: Chevalier du l’Ordre de la Pléiade de l’Association des parlementaires de langue française[52]

• 2004: Canadian Broadcasting Corporation French Television Prize[52]

 

Honrarias estrangeiras
• 1985: Prêmio de excelência em estudos franceses e italianos, concedido pelo Embaixador Suiço no Canadá
Nomeações militares honorárias
• 27 de setembro de 2005 – : Coronel do Regimento do Governor General´s Horse Guards
• 27 de setembro de 2005 – : Coronel do Regimento do Governor General’s Foot Guards
• 27 de setembro de 2005 – : Coronel do Regimento do Canadian Grenadier Guards
Graus universitários honorários
• 5 de junho de 2006. University of Ottawa. Doutorado em Artes (DA)
• 21 de julho de 2006: Università per Stranieri, Doutorado em Relações Internacionais (DIR)
• 10 de novembro de 2006: McGill University, Doutorado em Letras (DLitt)
• 25 de março de 2007: Osgoode Hall Law School em York University, Doutora em Leis (LLD)[53]
• 5 de junho de 2007: University of Manitoba, Doutora em Leis (LLD)[54]
• 10 de junho de 2008: University of Alberta, Doutora em Leis (LLD)[55]
• 23 de maio de 2009: Université de Moncton, Doutora em Letras (DLitt)[56]
• 14 de junho de 2009: Université Laval, Doutora da Universidade (DUniv)[57][58]

 

Homenagens

Escolas

• Ontario: Michaëlle Jean Public School, Barrhaven

• Ontario: Michaëlle Jean Public School, Toronto


Ver também

Wikimedia Commons has media related to: Michaëlle Jean

 

• Canadians of Haitian ancestry

• Immigration to Canada

• Journalism

• Politics of Canada

• List of state leaders by date

• Governor-General > Independent Commonwealth realms


Notas

1. ^ Stephen Harper, então líder da Leal Oposição a Sua Majestade e dirigente do Partido Conservador, ofereceu suas congratulações e declarou que a história de vida de Jean “serve como um grande exemplo para muitos canadenses. Sei que Mme. Jean servirá o Canadá de maneira digna, como uma vice-rainha”.[3] Da mesma forma, Jack Layton, líder do Novo Partido Democrático, afirmou desejar tudo o que houvesse de bom para Jean e sua família, e que “antevia o momento de ter novamente uma família residindo em Rideau Hall, o que é adequado para o primeiro Governador-Geral (sic) de um novo século”, acrescentando que Jean “conhece muito bem o valor das operações cujo propósito é manter a paz, algo que proporciona aos canadenses tamanho orgulho.”[4]

 

Referências

1. ^ a b c “Indepth > Governor General Michaëlle Jean”. CBC. 11 de outub ro de 2005. http://www.cbc.ca/news/background/governorgeneral/michaelle_jean.html. Obtido em 22 de fevereiro de 2009.

2. ^ Office of the Prime Minister (4 de agosto de 2005). “Announcement by Paul Martin of Michaëlle Jean’s appointment”. Queen’s Printer for Canada. http://pm.gc.ca/eng/news.asp?id=556. Obtido em 8 de agosto de 2005.

3. ^ Statement from Stephen Harper on the Appointment of New Governor General (4 de agosto de 2005). “Stephen Harper’s remarks”. Comunicado de imprensa. http://www.conservative.ca/EN/news_releases/statement_from_stephen_harper_on_the_appointment_of_new_governor_general/. Obtido em 4 de agosto de 2005.

4. ^ New Democratic Party (5 de agosto de 2005). “Layton, NDP welcome Michaëlle Jean as new Governor-General”. Comunicado de imprensa. http://www.ndp.ca/page/1540. Obtido em 5 De agosto de 2005.

5. ^ Government House (4 de agosto de 2005). “Message from Her Excellency the Right Honourable Adrienne Clarkson Governor General of Canada on the announcement of Michaëlle Jean as new Governor General Designate”. Comunicado de imprensa. http://www.gg.ca/media/doc.asp?lang=e&DocID=4516. Obtido em 4 de agosto de 2005.

6. ^ Peritz, Ingrid (11 de agosto de 2005), “Rideau Hall pick disappoints separatist hard-liners”, The Globe and Mail, http://www.theglobeandmail.com/servlet/ArticleNews/TPStory/LAC/20050811/LAFOND11/National/Idx, Obtido em 11 de agosto de 2005

7. ^ Wyatt, Nelson (11 de agosto de 2005), “Separatist says ‘Come clean, Jean'”, The Globe and Mail, http://www.theglobeandmail.com/servlet/story/RTGAM.20050811.wjean0811, Obtido em 11 de agosto de 2005

8. ^ Canadian Press (11 de agosto de 2005). “GG-designate challenged on 1995 referendum vote” (em inglês). CTV. http://www.ctv.ca/servlet/ArticleNews/story/CTVNews/1123796154319_119205354/?hub=Canada. Obtido em 11 de agosto de 2005.

9. ^ a b “New governor general must clarify sovereignty position, premiers say” (em inglês). CBC. 12 de agosto de 2005. http://www.cbc.ca/story/canada/national/2005/08/12/jean-sovereignty050812.html. Obtido em 12 de agosto de 2005.

10. ^ LeBlanc, Daniel (13 de agosto de 2005), “Martin defends viceregal couple’s loyalty”, The Globe and Mail, http://www.theglobeandmail.com/servlet/story/RTGAM.20050812.wxlafond13/BNStory/National/, Obtido em 22 de fevereiro de 2009

11. ^ Office of the Prime Minister (17 de agosto de 2005). “Statement by Paul Martin on the Governor General-Designate”. Comunicado de imprensa. http://pm.gc.ca/eng/news.asp?id=564. Obtido em 17 de agosto de 2005.

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Ligações externas

• Website of the Governor General of Canada entry for Michaëlle Jean

• Citizen Voices: Breaking Down Solitudes; Governor General’s blog and discussion forum site

• Buckingham Palace statement on Queen’s approval of appointment

• Slideshow of the installation of Michaëlle Jean as Governor General of Canada

• Video of Michaëlle Jean’s installation as Governor General of Canada

• (French) La Quinzaine Éducation-Médias: Biographie de Michaëlle Jean

• The Canadian Encyclopedia entry for Michaëlle Jean

Obtido de “http://en.wikipedia.org/wiki/Micha%C3%ABlle_Jean”

 

Categories: Black Canadian broadcasters | Canadian television journalists | Companions of the Order of Canada | Current national leaders | Dames of Justice of the Order of St John | Francophone Quebecers | Governors General of Canada | Haitian Canadians | Haitian immigrants to Canada | Université de Montréal alumni Women in the Canadian armed services | 21st-century viceregal rulers in North America

 

Tradução, pesquisa e seleção de imagem:Carlos Eugênio Marcondes de Moura

Imagens obtidas em Google Imagem

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