Mulheres usam redação do Enem para denunciar violência

Segundo Mercadante, o ministério já acionou o Ministério Público Federal e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM)

no Terra

O Ministério da Educação (MEC) informou nesta segunda-feira (11) que mulheres aproveitaram a redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para denunciar casos de agressão. O tema da redação de 2015 foi “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. De acordo com o ministério, pelo menos 55 mulheres denunciaram atos de violência que elas mesmas sofreram ou que presenciaram.

Diante desse cenário, o MEC reforçará a divulgação de meios de atendimento e proteção à mulher. “Como se trata de uma redação, não sabemos se necessariamente é um depoimento, mas tudo indica que sim. Tudo indica que ela descreve uma situação que viveu”, afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

Segundo Mercadante, o ministério já acionou o Ministério Público Federal e a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM). Conforme o MEC, a única que pode procurar ajuda ou mesmo divulgar a redação é a própria mulher.

Em conjunto com outros órgãos, o ministério pretende divulgar os meios que elas podem usar para obter assistência. Um deles é o telefone 180, da SPM. “O tema é muito importante para o Brasil. Não só os participantes, mas outras pessoas refletiram sobre o tema. É uma oportunidade de reforçar as ações contra a violência e de proteção para mulheres que estão acuadas dentro de casa”, disse o ministro.

Em 2015, 104 pessoas tiraram a nota mil na redação. O número é menos da metade dos que tiraram nota mil na edição de 2014, quando chegou a 250 redações. Em 2014, o tema da redação foi “Publicidade infantil em questão no Brasil”.

Canais de proteção à mulher 

Na última década foram feitos mais de 4,7 milhões de atendimentos pelo telefone 180 – Central de Atendimento à Mulher. Em 2015, foram 634.862 atendimentos.

O site da Secretaria de Políticas para as Mulheres detalha por estado os serviços especializados de atendimento à mulher, com os respectivos telefones e endereços.

A Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão pode ser acessada por meio da Sala de Atendimento ao Cidadão do Ministério Público Federal e pelo telefone 61 3105-6001

Leia também: PLP 2.0 – Aplicativo para coibir a violência contra a mulher 

+ sobre o tema

Bolsista do ProUni convida Lula para festa de formatura

A estudante de jornalismo Rita Correa Garrido, de 26...

UNEafro abre inscrições para cursinho

UNEafro abre inscrições para cursinho VAGAS ABERTAS 2017 Você quer ser...

para lembrar

Obra infanto-juvenil em inglês aborda preconceito racial

Lançamento do livro “The Black Butterfly” (A borboleta Preta), de...

Educação física, arte, sociologia e filosofia ficam no Ensino Médio

A Câmara dos Deputados decidiu incluir na reforma do...

Nova Zelândia oferece bolsas de estudo para brasileiros; veja como participar

Quem sempre teve o sonho de estudar no exterior,...

A crítica de Marcien Towa às doutrinas de identidade africana

O presente trabalho propõe tematizar a crítica que o...
spot_imgspot_img

Educação dos ricos também preocupa

É difícil imaginar o desenvolvimento de uma nação sem a participação ativa dos mais abastados. Aqueles que, por capricho do destino, nasceram em ambientes...

Inclusão não é favor

Inclusão não é favor. Inclusão é direito! Essa é a principal razão pela qual ações voltadas à promoção da equidade racial devem ser respeitadas, defendidas e...

Promessa de vida

O Relatório do Desenvolvimento Humano, divulgado nesta semana pelo Pnud, agência da ONU, ratificou a tragédia que o Brasil já conhecia. Foi a educação que nos...
-+=