Release: “II Festival Afreaka: encontros de Brasil e África Contemporânea”

O ‘Festival Afreaka: encontros de Brasil e África Contemporânea’ ganhou novas dimensões, e agora, em sua segunda edição, desembarca em São Paulo com programação em centros culturais dos quatro cantos da cidade. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura, o evento que ocorre entre os dias 1º e 25 de junho, conta com representantes de países como Quênia, Nigéria, Uganda, Zimbábue, Egito, África do Sul, Gana, Moçambique e Angola que veem para trocar experiências, sonhos e reflexões com pensadores e artistas afro-brasileiros, consolidando-se como o maior festival de cultura africana contemporânea do país.

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A programação, que nasce para questionar um fluxo de informações estereotipadas das Áfricas e das culturas afro-brasileiras, busca por uma narrativa que enxergue a presença africana como parte fundamental na formação do Brasil, ressaltando a importância de estabelecer uma relação mais próxima com um dos principais centros de origem da nossa gente. Além de palestras e debates inéditos, uma mostra de cinema contemporâneo, seis exposições de arte, uma feira de empreendedorismo negro, apresentações de dança, música, grafite e performances marcam as atrações do Festival Afreaka.

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O evento ocorre na Galeria Olido, Centro Cultural de Formação Cidade Tiradentes, Centro Cultural da Penha, Centro Cultural da Juventude e Centro de Pesquisa e Formação do SESC-SP. Assim, os pontos de encontros desse intercâmbio democrático, que descentraliza o acesso à informação, trazem à tona temas relevantes sobre a importância da multiplicidade de versões para a construção identitária, revelando Áfricas ativas e donas de suas próprias histórias.

Mirando a multiplicidade de vozes, o II Festival Afreaka traz para a abertura, que acontece na Galeria Olido no dia 1º, Pathisa Nyathi, o reconhecido escritor e historiador do Zimbábue e consultor da Unesco para a Comissão Nacional de Patrimônios Culturais Intangíveis. Marcará também presença na programação Wole Soyinka, considerado um dos maiores intelectuais do século XX e ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1986. Os aspectos entre o feminismo negro no Brasil e em Uganda são analisados pela Mestra em Filosofia e Política e doutorando Djamila Ribeiro, defensora da interseccionalidade no movimento brasileiro, e Edna Namara, escritora ugandense que usa a literatura para inspirar e empoderar mulheres.

As conversas promovidas pelo festival também abordarão a produção tecnológica em África e Brasil com a soteropolitana Monique Evelle, criadora do Ubuntu, primeira rede social com material sobre a história da cultura afro-brasileira e o nigeriano Adebayo Adegbembo, responsável pela concepção do aplicativo Asa, voltado para a preservação da cultura e língua Iorubá. Ainda, a cantora soteropolitana Nara Couto leva até a zona leste de SP o show Outras Áfricas, resultado da fusão do jazz com elementos da música baiana e africana contemporânea. O encontro entre as grafiteiras Criola e Aya Tarek resulta em intercâmbio artístico e feminista entre Brasil e Egito. Teatro, dança, performance, oficinas práticas e uma mostra de cinema arrebatam por fim a programação inédita, que será inteiramente gratuita no centros culturais e a preço popular no SESC-CPF.

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O Festival conta também com seis exposições fixas que vestirão de África os centros anfitriões do evento. A Galeria Olido recebe a mostra ‘África é Você’, que com instalações únicas, jogos de espelhos, frases e registros gastronômicos, aposta na interatividade para que o público conheça e se identifique com sua própria África. No mesmo prédio, o destaque é também da mostra ‘AfriKbytes: Arte Digital Africana’, que de forma inédita no país, recorre aos GIFs, videoarte e desenhos digitais para uma curadoria atualizada dos olhares artísticos da web africana. No Centro Cultural da Penha, o encontro entre os artistas Moisés Patrício e Bianca Leite resulta na exposição Entre o que Nos Forma e Nos Formata, que, partindo da visão transgressora da ativista e feminista negra Bell Hooks e do educador Paulo Freire, trava uma discussão sobre origem, posse, educação, racismo e feminismo na formação do brasileiro. O centro recebe também a mostra de fotografia Olhares Afro-Contemporâneos, em um encontro explosivo de cores e contrastes das lentes africanas e afro-brasileiras. Por fim, no Centro de Formação Cidade Tiradentes, a Exposição Protagonistas Africanos convida o público para um mergulho nas expressões contemporâneas que abordam sustentabilidade, artes e sabedorias complexas do continente negro. Ali, ainda, a mostra Mulheres Africanas, da artista plástica Surama Caggiano, traz composições em mosaico de inspiradoras mulheres negras, que estimulam o povo brasileiro a ir ao encontro de sua origem em África.

SAIBA MAIS:
O Festival Afreaka é inspirado na proposta do Coletivo Afreaka (www.afreaka.com.br), que se apresenta como uma plataforma de mídia, educação e produção cultural, que comunica para desenvolver e quebrar velhos pensamentos estereotipados acerca de África e tudo que envolve suas histórias e culturas. Pensando de maneira horizontal, o projeto se estabelece como alternativa sólida para os que desejam ir de encontro com suas origens.

SERVIÇO:
Onde:

 

Galeria Olido: Avenida São João, 473 – República, São Paulo.

 

Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes: Rua Inácio Monteiro, 6900 – Cidade Tiradentes, São Paulo

 

Centro Cultural da Penha: Largo do Rosário, 20 – Penha, São Paulo

 

Centro Cultural da Juventude: Avenida Deputado Emílio Carlos, 3641 – Vila Nova Cachoeirinha, São Paulo

 

Centro de Pesquisa e Formação do SESC: Rua Doutor Plínio Barreto: 285 – Bela Vista, São Paulo

 

Quando: Do dia 1 a 25 de Junho

 

Quanto: GRATUITO no Centros Culturais e a preço popular no SESC CPF
Evento no Facebook:https://www.facebook.com/events/1196242717053027/

 

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA EM WWW.FESTIVALAFREAKA.COM

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