Steinbruch aponta a destruição da indústria brasileira

Empresário e ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional criticou duramente o atual momento vivido pela indústria nacional no qual, segundo ele, “a desindustrialização avança a passos de gigante e o neoliberalismo radical impõe a ideia de que a indústria brasileira deve ser entregue à sua própria sorte, sem ter as condições para competir em igualdade com os concorrentes internacionais”; para ele, apesar da necessidade de reformas, ainda existe um “cunho ideológico liberal” que “é um desastre para o país”

Do Brasil247

Para o empresário e ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional criticou duramente o atual momento vivido pela indústria nacional no qual, segundo ele,” a desindustrialização avança a passos de gigante e o neoliberalismo radical impõe a ideia de que a indústria brasileira deve ser entregue à sua própria sorte, sem ter as condições para competir em igualdade com os concorrentes internacionais”.

Steinbruch ressalta que a produção industrial geral vem caindo nos últimos anos, “totalizando um retrocesso de quase 17% em três anos”, e que somente “a indústria de máquinas tenha perdido 50% de seu faturamento nesses mesmos três anos”. “Pouco importa que a indústria naval e a cadeia produtiva de petróleo e gás tenham sido praticamente destruídas. Pouco importa que o setor da indústria de transformação tenha cortado 323 mil empregos em 2016, e a da construção civil, 359 mil”, destaca Steinbruch em um artigo publicado na Folha de São Paulo.

“Pouco importa que a produção de veículos, de um setor que já foi o carro-chefe da economia brasileira, tenha caído para apenas 2,2 milhões de unidades no ano passado, fazendo o segmento industrial voltar para o seu nível de produção de 12 anos atrás”, diz o empresário. Ele também criticou as dificuldades de acesso ao crédito e as altas taxas de juros que “quando comparadas com as internacionais, inviabiliza qualquer iniciativa financiada e envergonha o país”.

Para ele, apesar da necessidade de reforma ainda existe um “cunho ideológico” liberal” que “é um desastre para o país”. “Fundamenta-se no pressuposto ingênuo de que o mercado regula tudo e que a indústria brasileira pode competir com os concorrentes internacionais em igualdade de condições, quando, na verdade, é assolada por uma série de desigualdades, como o custo do capital astronômico, a tributação excessiva, o custo incerto da energia e a burocracia infernal. “Sem tirar esses “penduricalhos”, expor a indústria à competição internacional é o mesmo que, digo eu, jogá-la na cova dos leões”, afirma.

+ sobre o tema

Pobre Palmares!

  por Arísia Barros União,a terra de Zumbi, faz parcas e...

Olimpíadas de Tóquio devem ser novo marca na luta por igualdade

Os Jogos Olímpicos da Cidade do México, em 1968,...

Lei 13.019: um novo capítulo na história da democracia brasileira

Nota pública da Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais...

Gostoso como um abraço? – Por Maria Rita Casagrande

Por Maria Rita Casagrande para as Blogueiras Negras Feche...

para lembrar

Número de mulheres eleitas prefeitas no 1º turno aumenta 31,5% no país

Candidatas alcançaram posto em 663 cidades, mas apenas uma...

Em prédio novo, escola de SP não possui itens básicos para estudar.

Prédio novo também continha sobras de material de construção...

Jessé Souza: Escravidão é o que define sociedade brasileira

Reescrever a história dominante de que a corrupção é...

Mano Brown e Iceblue gravam com Fernando Haddad

por Walber Silva O candidato a prefeitura de São...

Fim da saída temporária apenas favorece facções

Relatado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o Senado Federal aprovou projeto de lei que põe fim à saída temporária de presos em datas comemorativas. O líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA),...

Morre o político Luiz Alberto, sem ver o PT priorizar o combate ao racismo

Morreu na manhã desta quarta (13) o ex-deputado federal Luiz Alberto (PT-BA), 70. Ele teve um infarto. Passou mal na madrugada e chegou a ser...

Equidade só na rampa

Quando o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, perguntou "quem indica o procurador-geral da República? (...) O povo, através do seu...
-+=