Vídeo de experimento social mostra população resistente à homofobia

Em vídeo, ator agride homossexuais em locais públicos de São Paulo. Em todas as oportunidades, alguém se manifestou contra o preconceito

no Rede Brasil Atual

A página do facebook Quebrando o Tabu, em parceria com os produtores de conteúdo do canal E aí?¿ divulgaram hoje (20) um vídeo com um “experimento social”. Nas filmagens, dois homens homossexuais encontram-se juntos em diferentes ruas da cidade de São Paulo. Então, um ator começa a hostilizar os rapazes, direcionando palavras de ódio e chamando populares para interagir de forma preconceituosa.

“Você não está incomodada com dois viados na porta do metrô?”, questiona o ator. “Isso aqui é atentado ao pudor, ficar dois caras de mão dada. Eu não sou obrigado a ver isso, concorda?”, prossegue. Entretanto, a reação das pessoas foi de defesa aos agredidos. “Diante de um homofóbico, o que você faria? Você se envolveria?”, instigam.

Foi o que aconteceu com todos os envolvidos. “O resultado foi muito melhor do que a gente esperava”, dizem os produtores. Inicialmente, em um ponto de ônibus da Avenida Paulista, um rapaz se incomoda com as ofensas e reage em defesa. “Direito deles, velho. Se você estivesse com sua mulher? Sou casado com uma mulher, mas estou defendendo um casal que tem os mesmos direitos que você”, afirma.

O ator então questiona para algumas senhoras em frente ao metrô: “E se fosse seu filho?”. De imediato, uma mulher, de mãos dadas com uma criança, responde: “O meu filho está vendo e não tem nada demais. Isso é normal, quem não é normal é você (…) se meu filho tivesse feliz eu estaria feliz”. O agressor provoca mais: “Eu sou normal, sou hetero”. A resposta: “Você não é normal porque você é homofóbico e é muito grave o que você está fazendo”, disse uma senhora.

Em outra situação, no Parque Trianon, na Avenida Paulista, logo que o ator começa seus insultos, seguranças do parque aparecem para evitar problemas. “Você está incomodando os caras. Se você não está satisfeito, você vaza. Se você não quer compartilhar, aqui é um lugar público”, afirma. Questionado sobre sua posição pessoal, o agente diz que “eles são respaldados pela lei. O que eu acho ou não acho certo eu guardo pra mim. Da mesma forma que tem pessoas que não gostam de negros, o que eu posso fazer?”, disse o segurança, que é negro.

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