A cada hora, cinco crianças e adolescentes são vítimas de violência sexual no Brasil

Levantamento inédito feito pelo Unicef e Fórum Brasileiro de Segurança Pública traça um panorama da violência letal e sexual contra crianças e adolescentes no país e mostra que a cada ano 7.100 são mortos de forma violenta

FONTEPor Marina Rossi, do El País
Protesto na praia de Copacabana em 2018 lembra morte da menina Maria Eduarda, e de outras 46 crianças vítimas da violência nos últimos anos. (Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL)

A cada hora, cinco crianças ou adolescentes são vítimas de violência sexual no Brasil. É o que mostra um levantamento inédito realizado pelo Unicef em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e lançado nesta sexta-feira. Os números apontam para uma triste realidade vivida por crianças e adolescentes no país: A cada ano, 7.100 deles são mortos de forma violenta, uma média de 20 por dia.

O levantamento foi feito por meio de uma análise dos boletins de ocorrência registrados em todos os 27 Estados do país entre 2016 e 2020, solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação. Os registros que entraram na pesquisa foram os referentes a mortes violentas intencionais (homicídio doloso; feminicídio; latrocínio; lesão corporal seguida de morte; e mortes decorrentes de intervenção policial), e violência sexual (estupros e estupros de vulneráveis) contra crianças e adolescentes de 0 a 19 anos.

Samira Bueno, diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, alerta que, apesar dos números preocupantes, a realidade ainda pode ser muito pior. “Estamos trabalhando com uma estimativa um tanto quanto conservadora”, diz ela. Isso porque nem sempre os boletins de ocorrência apresentam todas as informações como idade, raça e gênero das vítimas. Sofia Reinach, pesquisadora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, também alerta para a subnotificação, especialmente nos casos de estupro. “Sabemos que violência sexual é um crime que tem muita subnotificação, então esse número é muito superior”, afirma ela.

Leia a matéria completa aqui

-+=
Sair da versão mobile