A sociedade é uma trapaça

FONTEPor Mônica Silva, enviado para o Portal Geledés
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Confira o poema A sociedade é uma trapaça

A sociedade trapaceira, deveria ser parceira.
Mas mata todo dia jovens por besteiras.
Ela não está de brincadeira.
Outra noite queimou as bruxas na fogueira.
Mulheres bruxas, bruxas mulheres.
Deixem-nas fazerem o que quiserem.
Mataram Marias e Marieles.
Eu me pergunto, o que vocês mais querem?
Hoje de novo liguei no jornal.
Morte de um marginal, perai…
Marginal? Não, era só mais uma criança inocente brincando em seu quintal.
Mas um corpo negro que chegou ao fim antes do final.
Até agora nenhuma notícia dos culpados.
Entretanto quem está preocupado com os culpados? Eram negros… Menos um para o estado.
Esse tipo de notícia se repete todo dia.
Morre preto, pobre, mulher, viado, trans, sapatão.
Um foi de tiro, o outro inocente na prisão, sem falar na depressão.
A mulher assediada sem razão, os jovens marginalizados, sem futuro, sem perdão.
Sangue preto escorre em suas mãos.

 Mônica Silva


** Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do PORTAL GELEDÉS e não representa ideias ou opiniões do veículo. Portal Geledés oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

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