Acre: Educação étnico-racial é debatida durante dois dias de seminário

Evento busca promover o comprometimento e a orientação dentro dos métodos educacionais

Questões trabalhadas dentro da temática da conscientização e da educação étnico-racial foram os principais pontos do I Seminário do Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial do Acre, realizado durante os dias 19 e 20 deste mês, no auditório da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE).

Durante os dois dias, foram debatidas ideias voltadas aos métodos educacionais com o objetivo de alertar e sensibilizar os gestores dos diversos segmentos do Sistema Educacional do Estado sobre a importância do comprometimento com a temática da educação étnico- racial.

O seminário busca nessas ideias formas de garantir, entre outras medidas, a implementação efetiva da Lei 10.639/2003, que inclui o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e outros tópicos que procuram trabalhar e diminuir as várias formas de preconceito presentes na sociedade, além da definição das metas da temática étnico-racial para o Plano Estadual de Educação e da argumentação do Plano Estadual de Promoção da Igualdade Racial.

Entre professores, diretores e coordenadores, o evento contou com a participação de representantes do Fórum Permanente de Educação Étnico-Racial (FPEER), do Ministério Público Estadual, do Ministério Público Federal, e de membros do Sistema Educacional, como o secretário de Estado de Educação e Esporte, Daniel Zen, a presidente do Conselho Estadual de Educação, Iris Célia Cabanellas Zanini, e o secretário Municipal de Educação, Márcio Batista.

De acordo com Márcio Batista, ações sistêmicas são necessárias para que se quebrem as variadas formas de preconceito que ainda se encontram na sociedade. “A lei contribui para incluir no ensino uma forma de abordar essas questões, que, infelizmente, são traços de uma perversa herança colonial”, pontua o secretário.

Nessas e outras medidas, muitos veem formas de fortalecer e melhorar os métodos de ensino educacional para perseguir um mundo mais igualitário e uma sociedade mais justa. “Devemos implementar a lei dentro e fora da sala de aula, para que possamos incrementar as nossas ações e, assim, promover o que a lei também promove: a conscientização”, destaca o secretário Daniel Zen.

Para ministrar o seminário e os debates nele envolvidos, foi convidado o coordenador de Diversidade da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação (MEC), Antonio Mário Ferreira.

O representante do MEC reafirmou a importância de não apenas abordar o indivíduo, e sim de gerar uma mobilização social, já que ainda existe uma resistência histórica e cultural acerca do estudo e da importância da história e da descendência africana na formação cultural brasileira. “Nossas ações dentro das escolas e fora delas é que irão ajudar a diminuir e a extinguir a discriminação”, afirma o coordenador.

Fonte: Agência de Noticias do Acre

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