Adeus ano velho, há Deus ano novo

(Foto: Reprodução/ Twitter)

aqui em casa, minha esposa, minha filha e eu, não comemoramos aniversários, natais, dia do duende e nem data comemorativa nenhuma.

Enviado por Lelê Teles via Guest Post para o Portal Geledés

Reprodução/ Twitter

porque achamos isso tudo uma grande fuleiragem.

e dia pra se divertir e ser feliz é todo dia. e dia de se renovar e buscar mudanças, melhorar como pessoa, e coisa e tal, é todo dia também.

quer parar de fumar? pare ontem, não espere a noite do dia 31 de dezembro.

isso é bobagem.

se vestir de branco, pular sete ondas, colocar um dólar debaixo do prato, usar uma calcinha amarela, tomar champagne de cabeça pra baixo…

nada disso fará de você uma pessoa melhor.

o melhor é você passar a dar bom dia ao porteiro, tratar o garçom com dignidade e assinar logo a carteira de trabalho de sua doméstica.

ah, se puder, procure alfabetizar alguém. nos dias de hoje, ensinar um analfabeto a ler é como dar visão a um cego.

eu ja fiz isso, é legal pra cacete.

e se você é adulto e pensa em soltar fogos da sua varanda, em verdade lhe digo, espero que aquele meteoro que atingiu a terra e extinguiu os dinossauros caia sobre sua varanda antes que o seu foguete espoque.

pense nas crianças de sua vizinhança e nos pobres cães.

se você termina o ano sendo um babaca, vai começar o outro babacamente.

melhore!

pare de se fazer promessas e comece a agir. tente ser uma pessoa melhor para o seu semelhante.

se precisar de um conselho, procure uma Tenda de Cafunagem e se consulte com o Grão Mestre Cafuna.

ele ja lambeu os seis sovacos de Shiva, dorme em uma cama de pregos, pratica o sexo tântrico e só se alimenta de gafanhotos e mel silvestre.

e olha, filho do homem, siga a regra de ouro: não faça com os outros aquilo que não gostarias que fizessem contigo

e só pra lembrar, foda-se ano novo e ano velho.

palavra da salvação.

 

** Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do PORTAL GELEDÉS e não representa ideias ou opiniões do veículo. Portal Geledés oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.
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