Adiada para dezembro decisão sobre uso de obra de Monteiro Lobato

A Câmara de Educação Básica decidiu adiar para a reunião de dezembro possível revisão do parecer que veta “Caçadas de Pedrinho”

A decisão sobre uso da obra “Caçadas de Pedrinho” de Monteiro Lobato nas escolas ficou adiada para dezembro. O Conselho Nacional de Educação (CNE) havia recomendado vetar a obra por considerar que havia trechos racistas. Após manifestação contrária da sociedade, o ministro da Educação, Fernando Haddad, pediu revisão do parecer. Nesta quinta, a Comissão de Educação Básica (CEB), que havia redigido o parecer, informou que vai analisar o pedido em dezembro.

“Até a reunião desta semana, o pedido de revisão do Ministério não havia chegado”, disse o presidente da Comissão, Francisco Aparecido Cordão. “Aprovamos o primeiro parecer porque achamos que era o correto, todos nós. Se vamos revê-lo precisávamos primeiro receber a alegação do ministro”, disse.

Em nota oficial A CEB disse que defende a liberdade de expressão e também a sociedade o combate ao preconceito e que o parecer “não excluiu, não desqualificou e não depreciou a obra analisada”, apenas pontuou sobre seu uso educacional. O texto dia ainda que o órgão “considera, de todo modo, que o debate provocado pelo parecer está sendo importante por trazer à luz a questão do racismo e dar visibilidade às formas de preconceito e de discriminação ainda subsistentes na sociedade brasileira. Assim, a partir da devolução do parecer pelo MEC, a CEB procederá à devida análise do mesmo em sua reunião ordinária, em dezembro, a fim de verificar se existem pontos que possam ter sido eventualmente mal-interpretados quando de sua primeira publicação.”

“Caçadas de Pedrinho”, escrito em 1933, trata de aventuras da turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Em certo ponto, ao se referir a um ataque de onça, a boneca Emília diz: “Não vai escapar ninguém – nem Tia Nastácia, que tem carne preta”. A Academia Brasileira de Letras, fãs e estudiosos da obra se maninfestaram contra o parecer que chamaram de “censura”.

Fonte: IG

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