Adolescente chamada de “macaca” ganha bolsa em escola particular

Arquivo Pessoal

Diretora de colégio no Boqueirão procurou a mãe e convidou a menina a ter aulas, sem custo, até se formar no Ensino Médio

no A Tribuna

Arquivo Pessoal

O caso de racismo contra uma estudante de 12 anos em uma escola municipal de Praia Grande resultou em algo positivo para a jovem, que ganhou uma bolsa de estudos e vai finalizar os ensinos Fundamental e Médio em uma instituição particular no Boqueirão.

A Tribuna On-line conversou com a mãe da pré-adolescente, a vendedora Adelaide Alves, de 31 anos. Segundo ela, a estudante – que cursa o 6º ano – aguarda ansiosa para o início das aulas no novo colégio. “Ela está empolgada com tudo isso, já recebeu até o uniforme e o material. Ela não esqueceu o que aconteceu na escola antiga, mas ações como essa ajudam na recuperação do que ela sofreu”.

Antes do convite feito pela diretora da escola particular, a única certeza que Adelaide tinha era a de que a filha não estudaria mais na unidade municipal Joaquim Augusto Ferreira Mourão, que fica no Melvi. Lá, o bullying, com agressões verbais e bilhete anônimo com ameaça de morte, estaria acontecendo desde junho. A menina também teria sido chamada de ‘vagabunda’ e ‘macaca’ por outras alunas.

Adelaide descreve a filha como uma ‘boa aluna’ e afirma que a menina saberá e conseguirá acompanhar os novos colegas de classe.

“Nos últimos meses ela faltou algumas vezes e tirou notas baixas, mas é tudo reflexo do que ela passava na escola. Ela não tinha vontade de estar lá”.

As aulas na nova escola começam na segunda-feira (3) à tarde.

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