Após campanha com Gil e Emicida, Museu de Arte Negra bate meta para expo 3D

FONTEPor Lígia Nogueira, de Ecoa
Abdias Nascimento (Foto: Luiz Paulo Lima)

Após a realização de uma campanha com apoio de Gilberto Gil, Emicida, Sueli Carneiro, Mônica Francisco, Keyna Eleison, Totoro, Lucas Salles e outros pensadores e personalidades do meio artístico, o Museu de Arte Negra (MAN) bateu a meta de R$ 75 mil e criará uma plataforma interativa com acesso gratuito para abrigar sua primeira exposição digital. A estreia terá pinturas de Abdias Nascimento em 3D e realidade aumentada.

A primeira mostra virtual do MAN será lançada em novembro, mês da Consciência Negra, e contará com a colaboração de um corpo curatorial único para o seu desenvolvimento. “Costumava dizer Abdias Nascimento que arte é um ato de amor. Nós concordamos com isso e resolvemos combinar a plenitude do amor com a agilidade das novas tecnologias. Para nós, isso é inovação, é reparação e, claro, uma manifestação de amor inspirada em nossa ancestralidade”, dizem, em texto, os responsáveis pela iniciativa.

O acervo do Museu reúne aproximadamente 150 obras do poeta, escritor, dramaturgo, pensador, artista plástico e ativista panafricanista Abdias Nascimento (1914 – 2011) e 300 obras doadas por diversos outros artistas, entre desenhos, gravuras, pinturas e esculturas.

A coleção inclui ainda dezenas de prêmios, medalhas e peças de artesanato. Os itens datam de 1940 até o presente. O acervo reúne documentos históricos que registram a criação e o desenvolvimento do MAN enquanto espaço ativo da expressão cultural africana e afro-brasileira decolonial.

Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York, Abdias Nascimento foi deputado federal, senador da República e secretário do governo do Estado do Rio de Janeiro. Pelo conjunto de sua obra, foi oficialmente indicado ao Prêmio Nobel da Paz 2010.

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