Após quase 48 horas de determinação do STJ, TJ ainda não cumpriu decisão e porteiro preso por falhas em investigações segue na cadeia

Negro, Paulo Alberto da Silva Costa é alvo de 70 inquéritos por crimes em cinco cidades do RJ, os quais já originaram 11 condenações, sendo 4 delas com o trânsito em julgado. Em todos esses casos, a autoria do crime foi comprovada exclusivamente por reconhecimento feito por foto.

FONTEDo G1
Paulo Alberto da Silva Costa está preso desde 2020 por erro da Polícia Civil (Foto: Reprodução/TV Globo)

Quase 48 horas após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinar a soltura imediata do porteiro Paulo Roberto da Silva Costa, preso após falhas nas investigações da Polícia Civil do RJ, o Tribunal de Justiça do Rio ainda não cumpriu a determinação e o homem segue no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) informou que ainda não recebeu o alvará de soltura para que Paulo deixe a penitenciária.

Negro, Paulo Alberto é réu por vários crimes e está preso desde 2020. Ele foi preso em casa, após ser revistado por policiais que faziam uma operação na região.

Ele é alvo de 70 inquéritos por crimes em cinco cidades do RJ, os quais já originaram 11 condenações, sendo 4 delas com o trânsito em julgado.

Em todos esses casos, a autoria do crime foi comprovada exclusivamente por reconhecimento feito por foto pelas vítimas em datas posteriores aos crimes. A Polícia Civil do RJ não produziu outros indícios que pudessem incriminá-lo.

Durante o julgamento, os ministros apontaram um caso claro de racismo em todo o processo conduzido pela Polícia Civil, Ministério Público e Justiça do Rio. Eles destacaram e criticaram a inclusão da foto de Paulo no álbum de suspeitos da Polícia Civil.

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