Apresentado no Real Madrid, Vinicius Junior inicia jornada europeia à sombra do racismo

Vinicius Jr. durante apresentação no estádio Santiago Bernabéu. EFE

Em sua meteórica ascensão no Flamengo, o atacante se tornou a esperança de renovação do futebol brasileiro, mas também sofreu com os apupos racistas

Por BREILLER PIRES, do El Pais 

Vinicius Jr. durante apresentação no estádio Santiago Bernabéu. (Foto: EFE)

Vinicius Junior, atacante de 18 anos recém-completados, foi apresentado oficialmente pelo Real Madrid nesta sexta-feira. O clube merengue fechou a contratação do jogador revelado pelo Flamengono ano passado por 45 milhões de euros (165 milhões de reais, na cotação da época). Antes de partir para Madri, ele havia declarado que seu sonho era jogar com Cristiano Ronaldo. Porém, o craque português se transferiu para a Juventus nesta temporada. Ainda assim, o xodó da torcida rubro-negra, que, a princípio, deve seguir integrado ao elenco principal, terá a companhia de outros craques no Real, como Bale, Benzema e Modric, escolhido o melhor jogador da última Copa do Mundo, além dos brasileiros Casemiro e Marcelo.

Ele chamou a atenção da imprensa espanhola pela personalidade que demonstrou nos primeiros treinamentos em Chamartín. Durante a apresentação no Santiago Bernabéu, que contou com a presença de vários torcedores e de Ronaldo Fenômeno, ex-goleador madridista, se mostrou empolgado ao exibir a camisa do Real. “Essa é a melhor oportunidade que um jogador pode ter. Vou me sacrificar muito para justificar a confiança do Real Madrid em meu futebol. Quero provar que estou pronto para jogar.”

Em pouco mais de um ano como profissional no Flamengo, Vinicius Junior disputou 69 partidas e marcou 14 gols. Ele encabeça a geração de promessas do futebol brasileiro para o próximo ciclo olímpico, com vistas aos Jogos de 2020 e à Copa de 2022. Ainda em processo de formação, a carreira precoce ostenta marcas notáveis, como a artilharia e o título do Sul-Americano sub-17 com a seleção e o posto de jogador mais caro do Brasil depois de Neymar – dividido com Rodrygo, do Santos, que também foi comprado pelo Real Madrid por 45 milhões de euros. Mas, por outro lado, o garoto prodígio convive desde cedo com o tormento dos insultos racistas, dentro e fora dos estádios.

Leia a matéria completa aqui 

-+=
Sair da versão mobile