Artista plástica relata episódio de racismo em loja nos Jardins, na Zona Sul de SP

Vítima disse em rede social que foi abordada pelo segurança quando retirava presentes da bolsa que seriam embrulhados.

FONTEDo G1
Artista relatou que foi abordada por um segurança negro. (Foto: Reprodução/ Instagram)

A artista plástica Tainá Lima relatou em uma postagem em sua rede social que foi vítima de racismo na loja Papel Craft na tarde de terça-feira (7), na região dos Jardins, Zona Sul de São Paulo.

A artista, que se apresenta como Criola, entrou na loja para comprar um papel de presente e perguntou para uma das atendentes sobre uma embalagem. A vendedora, então, quis saber o que seria embalado e Tainá retirou os presentes da bolsa. Segundo ela, foi nesse momento em que um segurança a abordou de forma agressiva, pedindo para que ela se retirasse da loja.

“Ele disse que eu não poderia vender nada na loja e, por isso, tinha que sair do local imediatamente porque não podia vender nada dentro dela. Argumentei que não estava vendendo. Eu e o segurança éramos as únicas pessoas negras na loja. Eles treinam os nossos contra a gente”, relatou.

“Normalmente evito mexer na minha bolsa quando entro em lojas. E essa é uma realidade coletiva de pessoas pretas. Só nós sabemos o quão desconfortável é entrar em lojas e se sentir observado como se fôssemos cometer um crime, e se sentir medido da cabeça aos pés”, disse a artista.

Em uma nota divulgada por uma rede social, a loja informou que o segurança envolvido na ação não “possui vínculo com a Papel Craft, e trabalha somente como segurança do quarteirão, tampouco compactuamos com a sua conduta. Ficamos surpresos com a ação, pois o funcionário não tinha autorização da Papel Craft para entrar na loja e nem para fazer nenhum tipo de abordagem”.

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