As discussões do GT Racismo e Saúde no 8º CBCSHS

FONTEPor Vilma Reis, Do Abrasco
GT Racismo e Saúde da Abrasco reunido durante o 8º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, em João Pessoa. (Foto: Imagem retirada do site Abrasco)

Para o 8º Congresso de Ciências Sociais e Humanas em Saúde – 8º CBCSHS, o Grupo Temático Racismo e Saúde da Abrasco decidiu discutir com os congressistas dois temas (1) inclusão da temática étnico racial nos currículos e na formação em saúde coletiva e (2) as iniquidades em saúde.

“Na discussão do currículo/formação estamos identificando que Cursos e Programas de Saúde Coletiva estão implementando ações afirmativas e para isso basta responder ao questionário albergado neste link ” informa Luís Eduardo Batista, pesquisador do Núcleo de Serviços e Sistemas de Saúde do Instituto de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, em São Paulo e coordenador do GT Racismo e Saúde da Abrasco.

Trilhando um caminho metodológico inovador, a Comissão científica do 8º CBCSHS abriu chamada para criação de grupos temáticos especiais, durante a construção ao 8º Congresso, onde seriam avaliadas propostas de grupos de pesquisa, movimentos sociais, coletivos e indivíduos para a formulação da programação coletiva que aprofundasse as formas de construção do conhecimento legitimado socialmente, valorizando portanto o diálogo entre saberes e práticas, ativistas e pesquisadores, trabalhadores e usuários. Neste sentido foram criados 37 grupos temáticos e os membros do GT Racismo e Saúde da Abrasco contribuíram em dois deles: GT 17 Iniquidades em saúde: análise de trajetórias de vida, formas sistemáticas de adoecimento e intervenções sobre os seus determinantes e GT 28 Saúde, currículo, formação: experiências, vivências, aprendizados e resistência sobre raça, etnia, gênero e seus (des)afetos. O primeiro foi coordenado pelos pesquisadores Alexandre da Silva (Departamento de Saúde Coletiva/Faculdade de Medicina de Jundiaí); Fernanda Lopes (do Niketche: Transformando realidades) e Lúcia Xavier (ONG Criola, dedicada a combater o racismo, o sexismo e a homofobia). Já o GT 28 foi coordenado Edna Maria de Araújo (da diretoria da Abrasco); Rosana Batista Monteiro (Universidade Federal de São Carlos) e Márcia Pereira Alves dos Santos (Ministério da Saúde/Instituto de Atenção à Saúde)

O GT 17 recebeu 66 trabalhos, relatos de pesquisa e de experiências nos campos da gestão, atenção e controle social, para apresentação nas modalidades exposição oral e comunicação breve. Em função da complexidade do objeto – iniquidades em saúde, da heterogeneidade na motivação para o desenvolvimento do trabalho, nas bases de dados, metodologias adotadas para descrição e análise e ainda do perfil e inserção no campo da saúde dos autores/as, a coordenação do grupo optou por considerar aprovados a maioria – 59.

O GT 28 recebeu 86 trabalhos, entre relatos de pesquisa e relatos de experiência; foram aprovados 68 trabalhos. O GT teve um trabalho premiado com menção honrosa, a saber, “CURSO DE PROMOTORAS/ES EM SAÚDE DA POPULAÇÃO NEGRA E A IMPLEMENTAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL DA POPULAÇÃO NEGRA NA CIDADE DE PORTO ALEGRE-RS” apresentado por Marlete Andrize De Oliveira.

Acesse abaixo a versão em PDF dos relatórios do trabalho desenvolvido por estes dois grupos temáticos durante o 8º CBCSHS:

GT 17 Iniquidades em saúde: análise de trajetórias de vida, formas sistemáticas de adoecimento e intervenções sobre os seus determinantes 

GT 28 Saúde, currículo, formação: experiências, vivências, aprendizados e resistência sobre raça, etnia, gênero e seus (des)afetos

Foto em destaque: Reprodução/ Abrasco

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