“Bobby Brown é o vilão”, afirma biógrafo da cantora Whitney Houston

Enviado por / FonteDo Correio Braziliense

“Não foi Bobby Brown quem fez Whitney Houston entrar nas drogas, mas, certamente, a encorajou e esteve com ela durante esse caminho”, afirma em entrevista ao Correio o biógrafo da cantora, Mark Bego. Para o autor, foi no casamento com o músico que a vida da intérprete de I will always love you começou a caminhar para o trágico final, quando foi encontrada morta em um quarto de hotel em Los Angeles, Estados Unidos, em 11 de fevereiro de 2012.

Não é à toa que Bobby é um dos personagens mais explorados em Whitney Houston! — A espetacular ascensão e o trágico declínio da mulher cuja voz inspirou uma geração. Bego, apesar de reconhecer que a cantora também tem suas responsabilidades, enxerga no ex-marido o principal responsável pela queda da popstar. “Ele pode ser visto como um vilão”, garante.

Do outro lado, o livro também desenha uma espécie de herói. Trata-se de Clive Davis, o mitológico presidente da Arista Records, primeira gravadora de Whitney. Tido como um “caçador de talentos”, o executivo é apontado como aquele que fez a cantora vender mais de 25 milhões de cópias no disco de estreia (Whitney Houston, de 1985). “Daves é o mágico por trás da carreira de Whitney”, constata o biografo.

Dessa forma, a Whitney desenhada por Bego não é somente uma estrela da música e do cinema. Ela é também uma mulher dividida pela influência de dois homens, que foram decisivos em sua carreira. “Rapidamente, ela alcançou o sucesso e ganhou muito dinheiro. Whitney já não podia controlar a própria vida”, opina Bego.

Valores

A infância e a família de Whitney também são colocadas como elementos importantes ao longo dessa carreira de 27 anos. A infância vivida na igreja e nos estúdios de gravação, a convivência com cantoras do porte de Dionne Warwick e Aretha Franklin, e a conturbada adolescência, passada em um colégio católico, fazem parte das 268 páginas do livro.

Liderada pela mãe Cissy Houston, cantora e também uma beata, Whitney conviveu desde cedo com valores reliogiosos e morais muito rigorosos. “Apesar da educação rígida, acredito que ela desenvolveu, ainda muito nova, uma natureza rebelde, que foi mascarada por esses valores que cresceram com ela.” De acordo com Bego, essa personalidade oculta da artista teria sido revelada após o casamento com Bobby Brown.

 

 

 

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