Brasileiras que moram na Noruega se juntam ao movimento #EleNão e vão às ruas

Movimento que começou na internet com mulheres contra a candidatura do candidato à Presidência Jair Bolsonaro, ganha adeptos homens e estrangeiros

FONTEPor Natália Sena
Reprodução/Facebook

No próximo dia 29 de setembro, pessoas de cidades brasileiras e do exterior pretendem se reunir em praças e ruas para se manifestar contra o fascismo, racismo, desigualdade de gênero e contra a candidatura da Presidência da República de Jair Bolsonaro.

Brasileiras e Noruegueses irão se reunir para dizer #EleNão (#NotHim, #IkkeHam) enfrente ao Parlamento Norueguês (Stortinget) Eidsvolls plass, Oslo às 12:00 (Horário Local).

Na página do evento que está sendo organizado via Facebook Brasileiras destacam o porque se juntam à esta campanha: “Foi acordado com as líderes das outras manifestações que essas  deveriam ser politicamente imparciais. O movimento consiste em mulheres de todas as camadas da sociedade, com diferentes origens e diferentes dimensões da vida, e que, em muitos aspectos, são politicamente desagradáveis. Queremos aumentar a conscientização sobre Bolsonaro e por que ele é um candidato completamente desatualizado e inaceitável.”

A manifestação contará com a participação de Benedicte Bull, professora de Ciências Políticas na Universidade de Oslo (UIO) e diretora da Rede de Pesquisa da América Latina da Noruega (NorLARNet) e Clarisse Carvalho, representante do grupo Mulheres Contra Bolsonaro na Noruega. Mestra em Estudos Latino-Americanos na Universidade de Oslo (UIO) com especialização em migração e política no Brasil.

Daniele Romsdal, uma das organizadoras do ato político destaca a importância de defender a democracia e o respeito ao direito humano: “É importante nos juntarmos para defender a democracia e o respeito aos direitos humanos no Brasil, porque nós somos brasileiras e queremos que a nossa pátria prospere. Além disso, nós temos familiares e amigos que ainda moram no Brasil, e nós desejamos que eles tenham paz, respeito e segurança para ir e vir. Bolsonaro representa o oposto de tudo isso. Por isso vamos protestar contra a sua candidatura à Presidência da República.”

Luanda Carneiro Jacoel,  fala sobre a importância de mulheres brasileiras – mesmo morando fora do país –  se unir contra a candidatura de Jair Bolsonaro: “Estamos num momento histórico da política brasileira onde qualquer cidadão em qualquer localidade do planeta, deve combater o nível de negligência democrática que estamos vivendo no nosso país. As mulheres que estão fora do Brasil devem mostrar a sua solidariedade e participação nessa luta, sim! A maioria dos brasileiros fora do país podem votar nas suas embaixadas. Por isso temos que ir para as ruas, para apoiar o nosso país, nossas companheiras, e influenciar também quem pode votar e está aqui! O momento que estamos agora é um retrocesso aos direitos humanos, a cidadania, a democracia e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. É enterrar anos de lutas de nossas mães, avós e todo um legado de mulheres que vem lutando por um mundo mais justo. Essa mobilização é das mulheres, mas representa todas e todos nós!!!”

Diante de ameaças sofridas em redes sociais, aqui no Brasil, mulheres dão dicas umas às outras de como ir para a manifestação. Entre elas , a importância de não ir sozinha para os locais do encontro e não responder provocações que possam ocorrer no local.

Reprodução/Facebook

Corrida Presidencial

De acordo com a pesquisa feita pelo Ibope no dia 24 de setembro, os cinco principais candidatos à Presidência da República, somam as seguintes intenção de voto:   

Jair Bolsonaro (PSL) 28% ,

Fernando Haddad (PT) 22%,

Ciro Gomes (PDT) 11% ,

Geraldo Alckmin (PSDB) 8%

Marina Silva (Rede) 5%.


** Este artigo é de autoria de colaboradores ou articulistas do PORTAL GELEDÉS e não representa ideias ou opiniões do veículo. Portal Geledés oferece espaço para vozes diversas da esfera pública, garantindo assim a pluralidade do debate na sociedade.

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