Comissão Futuros da Educação recomenda planejamento para reduzir desigualdades após COVID-19

FONTEONU
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

A crise de saúde causada pela COVID-19 resultou no fechamento de escolas e universidades, afetando mais de 90% dos estudantes do mundo. Distúrbios ainda mais drásticos pairam no horizonte, de acordo com a Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação (International Commission on the Futures of Education) – comissão independente indicada pela diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, em setembro de 2019.

Mesmo quando as escolas reabrirem, a emergente recessão econômica ameaça exacerbar as desigualdades e pode reverter o progresso obtido na expansão do acesso educacional e na melhoria da qualidade da aprendizagem em todo o mundo, alertou a Comissão durante uma reunião on-line em abril.

A crise de saúde causada pela COVID-19 resultou no fechamento de escolas e universidades, afetando mais de 90% dos estudantes do mundo. Distúrbios ainda mais drásticos pairam no horizonte, de acordo com a Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação (International Commission on the Futures of Education) – comissão independente indicada pela diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Audrey Azoulay, em setembro de 2019.

Mesmo quando as escolas reabrirem, a emergente recessão econômica ameaça exacerbar as desigualdades e pode reverter o progresso obtido na expansão do acesso educacional e na melhoria da qualidade da aprendizagem em todo o mundo, alertou a Comissão durante uma reunião on-line em abril.

A Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação afirmou que “na medida em que a humanidade procura maneiras de transformar o mundo para melhor após a pior crise de saúde em um século, nós precisamos repensar as políticas sociais, incluindo a educação, e abordar questões de longa data relacionadas à desigualdade estrutural, à pobreza e à exclusão. É provável que uma recessão global iminente tenha consequências drásticas no financiamento da educação e outros serviços públicos, bem como na vida e nos meios de subsistência das pessoas. Durante este período, devem ser mantidos os compromissos globais com a educação e devem ser direcionados recursos àqueles que foram mais atingidos nos âmbitos social, econômico e educacional. A Comissão insta que as crises globais – na saúde e na educação – sejam tratadas por meio da solidariedade, da empatia e do apreço por nossa humanidade comum”.

Presidida pela presidente da Etiópia, Sahle-Work Zewde, a Comissão Internacional sobre os Futuros da Educação reúne pensadores líderes das áreas de política, universidades, sociedade civil, educação e empresas privadas. A crise da COVID-19 enfatizou a importância do mandato da Comissão para refletir sobre como o conhecimento e a aprendizagem precisam ser repensados em um mundo cada vez mais incerto e frágil. Durante sua reunião especial dedicada à crise da COVID-19, a Comissão emitiu uma Declaração Conjunta sobre como a educação deve ser protegida e transformada para o nosso futuro compartilhado e a nossa humanidade comum.

A diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, afirmou que agora o ensino à distância on-line não pode ser a única solução, pois ele tende a exacerbar as desigualdades já existentes, que são parcialmente niveladas nos ambientes escolares. “Isso será de interesse para esta Comissão, cuja tarefa consiste em repensar o futuro da educação, incluindo uma articulação adequada entre a aprendizagem à distância e a aprendizagem em sala de aula”.

A presidente Sahle-Work disse que já vivenciou diversas crises, mas não tem certeza de que as lições do passado serão necessárias para mitigar os efeitos negativos causados pela pandemia atual. “A COVID-19 não discrimina e está redefinindo a nossa realidade. Nós deveríamos responder com humildade, solidariedade e empatia”.

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