De documento a monumento: Sueli Carneiro, filósofa do contemporâneo

FONTEEl País, por Rosane Borges
A filósofa Sueli Carneiro (Foto: Natalia Sena )

Escrever uma vida é fenômeno inacessível

Ao que tudo indica, a luz que se projeta no mês de junho não jorra apenas da incandescência das fogueiras juninas. Quis o universo, por força de alguma conspiração misteriosa, que o mundo fosse agraciado com o aparecimento, em profusão, de pessoas extraordinárias: Luiz Gama, Machado de Assis, João Cândido, Lima Barreto, Elza Soares, Kabengele Munanga e Sueli Carneiro, por ordem de nascimento, estrearam no espetáculo do mundo, no mês que acaba de findar, com pompa e circunstância, para lembrar expressão machadiana.

Se uma conexão oculta é mais forte que uma evidência, como disse Heráclito, talvez estejamos mediante a um fenômeno interestelar que não foi devidamente examinado pela astrofísica. Resta a nós, pobres mortais, tentar acompanhar as aparições públicas desses vultos e, assim, flagrar, ao modo de fotógrafas, os momentos em que eles e elas reinauguraram toda a humanidade, saíram do registro das ocorrências e ganharam permanências.

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