Debate sobre intelectuais negras na universidade abre o IX Artefatos da Cultura Negra

foto- george wilson

Aconteceu na noite desta quarta-feira (19) no Salão de Atos do campus Pimenta da Universidade Regional do Cariri (URCA), às 19 horas, a abertura oficial do IX Artefatos da Cultura Negra. O evento contou com palestra da professora e historiadora Dra. Giovana Xavier, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

por George Wilson no Badalo

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A solenidade contou com a presença da professora Valéria Carvalho, representando o Grupo de Valorização Negra do Cariri (GRUNEC), a professora Cícera Nunes, do Departamento de Educação da URCA, do coordenador de políticas culturais da Pró-Reitoria de Cultura da Universidade Federal do Cariri (UFCA), Gustavo Ramos, e da Pró-reitora de Extensão da URCA, professora Arlene Pessoa.

“Você pode substituir mulheres negras como objeto de estudo por mulheres negras contando sua própria história” 

Giovana Xavier

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Com o tema “Intelectuais Negras: Escritas de si, cultura escolar e disputa de narrativas na academia”, Giovana explanou sobre o lugar de fala da mulher negra na vida acadêmica e nas oportunidades que o meio permite o debate sobre a produção de conhecimento e a ciência pela qual se insere a atuação da população negra.

Em entrevista ao Badalo, ela falou um pouco mais sobre a experiência no evento. “É uma sensação maravilhosa mostrar que a gente, como mulher negra, está em movimento, em todos os espaços. É fundamental tê-las na academia, pois de fato temos um conjunto de saberes que contribui muito para a história de um Brasil mais democrático. A gente que está aqui na universidade, temos que estar mais e mais”, explicou a palestrante.

“O que tenho a dizer a comunidade feminina acadêmica é para que a gente possa continuar habitando estes espaços, pois uma das nossas caracterizaras é o movimento para transformar e fortalecer o lugar em que estamos. Que tenhamos a sabedoria e a leveza de inspirar umas as outras. Saber que mulheres como as professoras Cícera e Renata estão aqui no Cariri produzindo este evento, é incrível e só tenho a agradecer”, falou Giovana.

O evento também contou a apresentação cultural de grupos de tradição popular africano, além de uma Feira do Livro, realizada nesta edição com foco em publicações sobre estudos em população negra e temáticas que abordam o evento.

Cultura negra é debatida durante todo o evento

foto- george wilson

Mostras de cinema, música, livros, exposição de arte, formação e muitas outras atividades estão contidas na IX edição do Artefatos da Cultura Negra. O evento ocorre nos campiCrato da URCA e em Juazeiro do Norte na Universidade Federal do Cariri (UFCA) de 18 até o dia 22 de setembro, com debates sorbe a cultura negra na região do Cariri.

O evento é organizado pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec), Universidade Regional do Cariri, Universidade Federal do Cariri e apoiado por diversas instituições e movimentos populares. O Artefatos traz os mais diversos temas que englobam a cultura negra através de formadores de diversos lugares do mundo desde o Cariri, passando por Cuba até países africanos.

A representante Grunec, Valéria Carvalho, destacou a relevância que o projeto tem para o país, se configurando como um dos principais eventos do gênero no Brasil. “A intenção é a formação de professores para a nossa cultura e esse ano, mais que nunca temos representatividade de diversos estado que vieram participar do Artefatos”, disse. Valéria diz ainda que nessa edição o público está superando o volume de visitantes das edições anteriores.

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