Dia de Martin Luther King: 6 filmes para entender sua importância nos EUA

Feriado é celebrado nos EUA toda terceira segunda-feira do mês de janeiro para relembrar a principal voz do movimento americano pelos direitos civis

FONTEPor Fernanda Pinotti, da CNN
Martin Luther King Jr., líder do movimento por direitos civis, discursa para uma multidão de aproximadamente 7.000 pessoas em 17 de maio de 1967 no Sproul Plaza da UC Berkeley em Berkeley, Califórnia, nos Estados Unidos. (Foto: Michael Ochs Archives/Getty Images)

O dia de Martin Luther King Jr. é um feriado nacional nos Estados Unidos, celebrado toda terceira segunda-feira do mês de janeiro. Neste ano, o feriado também coincidiu com o aniversário do ativista: 15 de janeiro.

Martin Luther King Jr. foi a principal voz do movimento americano pelos direitos civis entre os anos 1950 e 1960, quando a segregação racial e a discriminação nos Estados Unidos estavam previstas na lei.

Os protestos, marchas, e discursos do ativista foram fundamentais para a conquista da Lei dos Direitos Civis de 1964 e a Lei dos Direitos ao Voto de 1965 nos Estados Unidos, e continuam ressoando até hoje, já que a igualdade perante a lei não acabou com o racismo e a discriminação no país.

King foi a pessoa mais jovem a receber um Prêmio Nobel da Paz, em 1964, pelo combate ao racismo nos EUA. Ele defendia um ativismo não-violento através da desobediência civil das leis discriminatórias.

Em abril de 1968, King foi assassinado a tiros enquanto se hospedava num hotel, em Memphis. Sua morte foi um marco e desencadeou diversos protestos pelo país.

CNN separou cinco filmes para conhecer e entender a importância de Martin Luther King Jr. e o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos.

Confira filmes sobre Martin Luther King Jr.:

“Selma: Uma Luta pela Igualdade”

O filme dirigido por Ava DuVernay acompanha Martin Luther King (David Oyelowo) durante as marchas da cidade de Selma, no interior do Alabama, até Montgomery, a capital do estado, em 1965. A campanha pedia a garantia do direito ao voto para americanos afro-descendentes e foi decisiva para que, alguns meses depois, a Lei dos Direitos ao Voto de 1965 fosse aprovada no país.

A presença do pastor e ativista Martin Luther King, que havia recebido o Prêmio Nobel da Paz apenas um ano antes, não impediu que a polícia local atacasse os manifestantes no primeiro dia de protestos, no que ficou conhecido como o “domingo sangrento”.

O longa, indicado a Melhor Filme no Oscar em 2015, também mostra a tensão entre King e sua família, que era constantemente ameaçada por aqueles contrários ao seu ativismo.

“Selma: Uma Luta pela Igualdade” está disponível no Prime Video.

“King no Deserto”

Neste documentário dirigido por Peter Kunhardt, podemos acompanhar os últimos anos antes de Martin Luther King ser assassinado. Através de depoimentos de pessoas próximas e amigos, além de imagens inéditas do ativista, descobrimos mais sobre os conflitos internos que ele travava após ter se tornado o rosto do movimento dos direitos civis.

Firme em sua doutrina radical de não-violência, descobrimos que King passa a se sentir isolado e começa a questionar suas próprias ideias conforme a guerra no Vietnã escala e outras vertentes do movimento negro passam a promover uma abordagem mais combativa em busca de mudanças.

“King no Deserto” está disponível na HBO Max.

“Rustin”

“Rustin” é uma biografia que foca na história de Bayard Rustin (Colman Domingo), homem gay e ativista do movimento dos direitos civis que ajudou a organizar a marcha de 1963 em Washington ao lado de Martin Luther King.

No filme de George C. Wolfe, conhecemos uma personalidade menos lembrada na história. Um homem que enfrentou o racismo e a homofobia em sua luta pela igualdade nos Estados Unidos e desafiou as autoridades sem pedir desculpas por ser quem era.

O filme foi escolhido como um dos favoritos de 2023 pelo ex-presidente dos EUA, Barack Obama.

“Rustin” está disponível na Netflix.

“Eu Não Sou Seu Negro”

Indicado ao Oscar de Melhor Documentário em 2017 e narrado por Samuel L. Jackson, este longa é baseado no livro inacabado de James Baldwin. O autor se empenhou em retratar a realidade social norte-americana através da vida e morte de três grandes ativistas pelos direitos raciais que foram assassinados: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King Jr., mas não conseguiu terminar a história antes de sua morte.

O diretor Raoul Peck decide aproveitar este material para fazer um documentário que liga as reivindicações do movimento negro nos anos 1950 e 1960 com as reivindicações que seguem até hoje para refletir sobre a desigualdade racial nos Estados Unidos.

“Eu Não Sou Seu Negro” está disponível na Globoplay.

“Infiltrado na Klan”

Embora “Infiltrado na Klan” não gire em torno da figura de Martin Luther King, o filme é inspirado na história real de Ron Stalwoth (John David Washington), primeiro detetive negro de sua cidade, que conseguiu se infiltrar na milícia de supremacistas brancos extremistas representada pela Ku Klux Klan.

A história se passa nos anos 1970, após o assassinato de King, em um período no qual os supremacistas brancos reagiam de maneira violenta contra as conquistas do movimento dos direitos civis na década anterior.

O longa dirigido por Spike Lee acompanha a investigação de Ron, que mantinha contato por telefone e por carta com os membros da organização supremacista e contava com a parceria de um policial branco para comparecer às reuniões presenciais.

“Infiltrado na Klan” está disponível no Prime Video.

“A 13ª Emenda”

Também dirigido por Ava DuVernay, esse documentário reúne acadêmicos, políticos e ativistas para discorrer sobre como Justiça nos Estados Unidos fez com que a população negra continuasse marginalizada mesmo após a abolição da escravidão.

Indicado ao Oscar de Melhor Documentário, o filme analisa a correlação entre a criminalização de pessoas negras e o encarceramento em massa nos EUA.

“A 13ª Emenda” está disponível na Netflix.

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