Direitos de crianças e adolescentes na América Latina e no Caribe

Iniciativa #LaEducaciónQueNecesitamos para el Mundo que Queremos (Crédito Fellipe Abreu)

Passados 30 anos da adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança pelas Nações Unidas, alguns retrocessos recentes na região, especialmente para o direito à educação, a participação e a proteção contra violências e discriminações, revelam que há mais motivos para reclamar que para celebrar

Por Fabíola Munhoz e Jazmin Elena com a colaboração de Victor Harambour, no Diplomatique

Iniciativa #LaEducaciónQueNecesitamos para el Mundo que Queremos (Crédito Fellipe Abreu)

No último dia 20 de novembro, a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU completou 30 anos de existência. Trata-se do instrumento internacional de direitos humanos mais ratificado no mundo. Dos Estados-membros das Nações Unidas, apenas os Estados Unidos até hoje não assinaram a Convenção.

Em seus artigos 28 e 29, que abordam o direito à educação, assim como em suas Observações Gerais, a Convenção estabelece aos Estados-membros da ONU, entre outras obrigações, a responsabilidade de assegurar o direito à educação desde a primeira infância até o ensino superior, garantir a gratuidade da educação e promover uma educação que forme para os direitos humanos, o respeito ao meio ambiente, a igualdade de gênero, a paz e a tolerância entre diferentes povos, culturas, etnias e religiões. A Convenção também estabelece o direito à participação de crianças e adolescentes e, igualmente, seu direito a uma vida livre de violências e discriminações.

Ao longo dos 30 anos de Convenção, foram muitos os avanços na América Latina e no Caribe, em termos de leis, políticas e institucionalidade para assegurar os direitos da infância e da adolescência. No entanto, em anos mais recentes, temos observado retrocessos preocupantes, que ameaçam o cumprimento da Convenção, especialmente no que se refere aos seus dispositivos relacionados ao direito à educação e à participação de crianças e adolescentes, bem como sua proteção contra a violência e a discriminação.

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