Nós não sabemos se devemos ficar felizes ou tristes ao compartilhar com vocês que a modelo Liya Kebede é a capa da Vogue Paris de maio, porque marca pela primeira vez em cinco anos que uma modelo negra embelezou a capa da glamorosa revista.
De acordo com o site Fashionista.com, foi a modelo Rose Cordero a última pessoa negra a cobrir a Vogue Paris em março de 2010.
A notícia agridoce também aparece apenas dois meses depois do choque que tivemos ao saber que, em fevereiro de 2015, Jourdan Dunn foi a capa da Vogue UK, primeira vez que uma modelo negra apareceu na capa da publicação em 12 anos.
A falta de diversidade dentro da indústria da moda continua a ser uma questão crítica. Esforços têm sido feitos pelo Conselho de Estilistas de Moda da América (CFDA, na sigla em inglês) e suas contrapartes internacionais para incentivar a diversidade nas passarelas. No entanto, vemos pouco progresso. Junta-se a isso, as várias ocasiões, racialmente insensíveis, com o uso de blackface em editoriais de moda ou de parte dos líderes da moda que usaram a ‘N-word’ (equivalente a pessoa “preta” no Brasil) e fica claro que este é um grande problema que a indústria enfrenta.
A gente espera que não leve mais meia década para a Vogue Paris perceber que a diversidade é bela.