Elizandra Souza celebra 20 anos de carreira em livro bilíngue que conta a própria trajetória

Obra “Quem pode acalmar esse redemoinho de ser mulher preta?” reúne poemas da autora e é lançado no Dia de Yansã

FONTEEnviado para o Portal Geledés, por Jessica Balbino
Divulgação

Comemorando os 20 anos de carreira, a escritora Elizandra Souza lança, no próximo dia 04 de dezembro, quando também é comemorado o Dia de Yansã – Orixá feminina, divindade dos ventos, raios, das tempestades, redemoinhos -, o livro “Quem pode acalmar esse redemoinho de ser mulher preta?”, numa edição bilíngue, em português e inglês. 

Para marcar a data, a autora faz dois lançamentos. O primeiro deles presencial, às 15h, na Feira Literária da IV Mostra de Literatura Negra – 2021, no Espaço Cultural Odisseia. A entrada é gratuita. Também no sábado, às 20h, a autora faz um lançamento no canal do Youtube. 

A obra conta a trajetória poética da autora a partir de poemas inéditos e alguns que já foram publicados em diferentes momentos e a conexão com autoras e autores pretos, além da própria ancestralidade, em divisões como “Poemas de Asé, Poemas de Orí, Poemas de Ifé, Poemas de Oyin, Poemas de Revolução e Redemoinhos”. O livro destaca, em uma linha do tempo, as vivências com literatura, jornalismo cultural e educação de Elizandra Souza. 

Capa do livro Quem pode acalmar esse redemoinho de ser mulher preta? (Divulgação)

Dedicado ao Ori, aos orixás e a toda ancestralidade da autora, o  livro traz organização de Elizandra Souza, projeto gráfico de Silvana Martins, ilustrações de Carolina Itzá, apresentação de Raquel Almeida, tradução de Luana Reis, prefácios de Mel Duarte e Christen Smith e posfácios de Luciana Moreno e Luana Reis. A publicação sai pelo selo Mjiba. 

“Neste trabalho eu estou muito confiante que fiz a escolha ou fui escolhida para trilhar o caminho certo.  São   duas décadas da minha vida dedicadas a fomentar  a literatura negra feminina. Não tinha dimensão que fazer um fanzine poderia me levar tão longe. São  quatro livros autorais publicados, participação em muitas antologias da cena negra e periférica. Considero que depois de 20 anos escrevendo e publicando, ainda que em um fanzine,  é um caminho sem volta. Vou fazer literatura por toda a minha vida”, comenta a autora. 

Sobre a representação da orixá Oyá, Elizandra explica que ela é uma orixá feminina é a divindade que traz movimento, turbulência e transformação, já que está diretamente ligada ao ar e fogo. “Conhecida como Yansã, título que recebeu de Xangô, significa ‘a mãe do entardecer’, no qual faz referência ao céu rosado poente. Na África, é cultuada como a divindade do Rio Niger, o mais importante rio da Nigéria, que atravessa todo país, espalha-se pelas principais cidades através dos seus afluentes”, conta. 

Ainda conforme a mitologia yorubá, Oyá pode ser representada como borboleta ou búfala, representação transformação, renascimento, o poder feminino, sedução, coragem feminina, abundância, força, liberdade, espiritualidade, ancestralidade, sabedoria e proteção. 

Sobre a autora

Elizandra Souza (Foto: Larissa Rocha)

ELIZANDRA SOUZA é escritora, poeta, editora, jornalista e técnica em Comunicação Visual. É ativista cultural há 20 anos com ênfase na difusão do jornalismo cultural da Periferia e da Literatura Negra Feminina.  Integrante do Sarau das Pretas desde 2016. Autora dos livros: Filha do Fogo: 12 contos de amor e cura (2020), Águas da Cabaça (2012) e Punga co-autoria Akins Kintê, Edições Toró (2007). Editora dos livros do  Coletivo Mjiba: Pretextos de Mulheres Negras (2013), Terra Fértil (2014) e Literatura Negra Feminina – Poemas de Sobre (Vivências) (2021). Coorganizadora Narrativas Pretas – Antologia Poética do Sarau das Pretas (2020).  Participou do Festival Internacional de Poesia em Havana (Cuba), 2016; Congresso LASA / Nuestra América: Justice and Inclusion  em Boston (EUA), 2019 e da Conferência Lozano LongContribuições Intelectuais das Mulheres Negras para as Américas: Perspectivas do Sul na Universidade do Texas em Austin ( EUA),2020.

Sobre o projeto

Este projeto foi possível por meio do edital Proac Expresso Lei Aldir Blanc Nº 50/2020 – Prêmio por histórico de realização em Literatura da Secretaria de Cultura e Economia Criativa por meio da Lei Federal nº 8.666/1993, da Lei Federal nº 9.610/1998, da Lei Federal nº14.017/2020 Decreto nº 10.464 de 2020 que a regulamenta, da Lei Estadual nº6.544/1989 (e alterações posteriores) e da Lei Estadual nº 12.268/2006.  

Serviço

Confira os lançamentos

Dia 04 de dezembro de 2021 (sábado)

Presencial – 15h 

Feira Literária da IV Mostra de Literatura Negra – 2021

Espaço Cultural Odisseia  

Alameda Ministro Rocha Azevedo, 463

Virtual – 20h 

Lançamento via youtube canal da Elizandra Souza

https://bit.ly/canalElizandraSouza

Para comprar o livro

O livro será vendido a R$ 45. Para envio pelos correios, há o frete de R$ 10. As compras podem ser feitas pelas redes sociais e o pix através do e-mail: literaturanegrafeminina@gmail.com 

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