A queda nas pesquisas de opinião emperrou a costura de aliança do PP com o PSDB em apoio à candidatura de José Serra à Presidência.
Com o empate com a petista Dilma Rousseff registrado no último Datafolha, o PP prefere esperar a evolução das pesquisas para tomar uma decisão. Segundo integrantes do partido, hoje prevalece a tese de neutralidade.
A proposta tem eco mesmo entre os aliados ao PSDB em âmbito estadual. Candidato ao Senado na chapa de Beto Richa no Paraná, o deputado Ricardo Barros afirma que o PP vai esperar pelas próximas pesquisas. “O ideal é que o PP fique liberado, como nas outras três eleições”, defende Barros.
“Deixa livre e, nos Estados, casa com quem quiser”, afirma o deputado Luiz Heinze, aliado ao PSDB do RS.
Gonzalez
Apostando no horário político para reversão dos números, o comando de campanha de Serra assumiu a produção do programa que o PTB –futuro aliado da sigla– exibirá em 24 de junho.
Segundo o presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), a produção dos dez minutos veiculados em bloco nacional ficará a cargo do coordenador de comunicação da campanha de Serra, o jornalista Luiz Gonzalez.
“A produção é do Serra. O programa é para o Serra, quem produz é ele”, disse Jefferson, após almoçar com o candidato tucano na sede do PSDB em Brasília.
Na terça, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra, se reúne com Jefferson, Gonzalez e o tesoureiro do PTB, Benito Gama, para discutir o programa, que exibirá cenas da convenção que deverá anunciar o apoio ao tucano.
“Mostraremos o discurso do Serra. Depois da convenção, tudo estará dentro da lei”, disse Jefferson.
Com a investida, o PSDB espera recobrar força para as negociações. Debilitado, não poderá atrair o PP, de Francisco Dornelles, e iniciará nova caça ao vice, caso o tucano Aécio Neves (MG) resista aos apelos de fiéis aliados.
Fonte: 24horasNews