Especial Inovadores Negros: 20 creators que têm muito a dizer

FONTEPor Angelica Mari e Gabriela Arbex, da Forbes
BILL HINTON VIA GETTY IMAGES

Eles criam conteúdo sobre os mais variados temas: beleza, feminismo, música, finanças, cultura, meditação, lifestyle, comportamento. Mas creators e influencers negros só são chamados para participar de eventos e campanhas que tratam de racialidade e temas correlatos. Essa foi uma das constatações de “Um Retrato sobre Creators Pretos no Brasil”, a primeira pesquisa brasileira do mercado de influência com recorte racial

Conduzido pela YouPix, plataforma digital criada há 14 anos para discutir a cultura da internet, Sharp, Squid, site “Mundo Negro” e Black Influence, o levantamento revelou, por exemplo, que embora a categoria “casa e construção” apareça no 3º lugar do ranking de assuntos mais explorados pelos influenciadores negros, ela é responsável pelo menor número de contratações. Em compensação, “impacto social”, que está na 11ª posição, aparece em 2º lugar na lista de temas mais buscados.

“A pesquisa confirmou algumas coisas das quais já suspeitávamos”, conta Bia Granja, uma das fundadoras da YouPix e especialista em influência digital. Ela relata que a situação já foi pior, e que nos últimos quatro anos o tema vem sendo endereçado com mais força – embora a realidade ainda esteja muito longe do ideal. Para se ter uma ideia da disparidade, dos 760 criadores que participaram da pesquisa em todo o Brasil, 57% são brancos, 22% são pardos, 17% são negros, 3% são amarelos e 1% é indígena.

A especialista lembra que, no início do marketing de influência, em meados dos anos 2000, os personagens negros sequer eram cogitados para trabalhos com as marcas. Depois, numa segunda onda – essa que estamos vivendo agora –, eles passaram a ser lembrados quando os temas tinham relação com o ativismo. Bia defende uma entrada imediata na terceira fase. “Eles precisam ser chamados para falar sobre aquilo no qual tem autoridade pra falar e não apenas sobre pretitude. E essa diversidade de estilos tem que estar expressa nos temas abordados.”

Outro fator que comprova esse gap é a diferença de remuneração. Ao comparar a média dos valores mínimos e máximos que os creators receberam em campanhas, existe uma grande disparidade entre as quantias desembolsadas. A média do valor máximo recebido por um creator negro é de R$ 1.626,83, enquanto a recebida por um influenciador branco é de R$ 4.181,01. A diferença é de mais de 50% inferior à média da pesquisa. Quando perguntados se já receberam menos em alguma campanha, mesmo tendo a mesma faixa de seguidores e engajamento semelhante com outro influenciador recrutado, 38% dos influenciadores negros responderam que sim. “O dinheiro tem o poder de sustentar estruturas racistas ou não. Precisamos falar sobre isso: onde ele circula e como. Não é só dar visibilidade a esses profissionais em novembro, no mês da consciência negra.”

Apesar de vivermos num país onde a maior parte da população é negra – 56% –, Bia atribuiu ao racismo estrutural o fato de a primeira pessoa cogitada para qualquer campanha ser branca. “Estamos num momento de responsabilidade e responsabilização. Se as empresas não entenderem que têm responsabilidade na desconstrução dessas estruturas, elas serão responsabilizadas. Se não quiserem fazer por altruísmo, que façam pelo negócio. Caso contrário, elas serão canceladas. Além disso, as pesquisas já provaram que grupos diversos internamente aumentam a lucratividade das empresas, afinal, compramos daqueles que nos representam”, diz. Em resumo, é uma questão de sobrevivência.

O PAPEL DAS PLATAFORMAS

O processo de desconstrução de estruturas tradicionalmente racistas descrito por Bia Granja, bem como a mudança no atual ecossistema de produtores de conteúdo online no Brasil passa por uma revisão no posicionamento das empresas que controlam os ambientes onde creators e influencers surgem e se desenvolvem.

As maiores plataformas de vídeos e podcasts são gratuitas e oferecem, em teoria, a possibilidade de criação e publicação de conteúdo por qualquer pessoa. A realidade, no entanto, é outra: os canais de maior audiência no Brasil são majoritariamente comandados por pessoas brancas – o KondZilla, de Konrad Dantas, faz parte do rol de notáveis exceções, tendo alcançado 60 milhões de inscritos no YouTube nesta semana – ou são fruto de parcerias entre as plataformas e grandes grupos de mídia.

“Havia um mito, de que a internet traria um poder de comunicação diferente das mídias tradicionais para as pessoas, mas o que vemos é que quem tem mais estrutura para ter uma gravação com mais qualidade técnica, mais conhecimento sobre produção de entretenimento e roteiro, se dá melhor – então quem se apropria primeiro deste espaço são as pessoas brancas”, diz Ale Santos, professor de entretenimento fantástico da ESPM, autor e podcaster no “Infiltrados no Cast”, um nome que faz alusão ao filme “Infiltrados na Klan”, de Spike Lee, e reforça o fato de que se trata de um programa comandado por um negro, infiltrado em um contexto predominantemente branco.

A falta de diversidade na comunidade de creators de um país onde a maioria da população é negra precisa ser questionada, segundo Santos, pois existem muitas questões que podem ser abordadas a partir da perspectiva da negritude. Além disso, o especialista aponta outros problemas associados a esta falta de representatividade:

“O fato de que existem poucos negros nesta realidade pode significar que os negros não estão consumindo o conteúdo – o que não sabemos, pois as plataformas não divulgam os números – e que existe uma dificuldade estrutural no país que impede que os negros produzam conteúdo”, ressalta, referindo-se a desafios que incluem a tecnologia, mas também englobam aspectos como condições de se dedicar à criação.

Segundo Santos, parte das plataformas já reconhece o problema causado pela discriminação algorítmica, que reproduz a desigualdade vista na sociedade, e buscando formas de reverter a situação: “Além de dar reconhecimento e apoio com estrutura para potencializar essas vozes, algumas empresas estão questionando as regras que utilizam para colocar conteúdos em destaque”, aponta o podcaster.

MUDANÇAS EM CURSO

A plataforma de streaming de áudio Spotify tem dado passos concretos para estimular a emergência e crescimento de creators negros no Brasil e endereçar alguns problemas estruturais. A empresa anunciou nesta semana o SoundUp, programa de aceleração de aspirantes a podcasters de origens sub-representadas por meio de treinamento, workshops e suporte. Através do programa, participantes receberão um gravador, computador, fones de ouvido e acesso à internet.

Segundo Javier Piñol, diretor do Spotify Studios para a América Latina, o programa é uma das ações da plataforma para tornar a indústria de áudio mais inclusiva e igualitária: “O que nós queremos com esse programa é criar um espaço para novos talentos, vozes, histórias e perspectivas em podcasting”, aponta. O Spotify também planeja lançar em breve no Brasil as funcionalidades da Anchor, empresa que adquiriu em 2019 e simplifica a publicação, distribuição e monetização de programas de áudio.

Além da iniciativa de aceleração, a empresa ampliou a programação com vozes negras para seus os 300 milhões de usuários do Spotify durante o Black Out Tuesday e, ao longo de 24 horas, gerou um aumento de 30 vezes no número de visitantes no hub dedicado ao movimento.

“Esses são problemas difíceis de resolver e, embora não haja respostas fáceis ou soluções rápidas, o Spotify é solidário com a comunidade negra e se dedica a promover mudanças sociais duradouras”, diz Piñol.

O YouTube também tem se movimentado para responder à necessidade de maior diversidade entre seus creators de sucesso. Segundo a head de desenvolvimento de parcerias de conteúdo da plataforma para a América Latina, Bibiana Leite, a abertura e capilaridade do YouTube permitem que a comunidade negra expresse a sua identidade, e ao mesmo tempo ajuda outras pessoas a aprenderem sobre racismo e injustiça social a partir do ponto de vista de quem sente estas experiências na pele.

“O YouTube ajuda a criar uma rede de apoio e educação que transcende os limites da comunidade negra”, aponta Bibiana, que atualmente é baseada na Califórnia, e foi a primeira mulher negra contratada pelo Google no Brasil, em 2006.

Iniciativas recentes anunciadas pelo YouTube para ampliar e desenvolver artistas e criadores de conteúdo incluem um fundo global plurianual de US$ 100 milhões. Segundo Bibiana, a empresa vai anunciar, em breve, planos de como parte desta verba vai ser utilizada no Brasil.

Em outras ações recentes para estimular o desenvolvimento de produtores de conteúdo, a empresa realizou aulões para criadores e o YouTube Social Impact Lab, iniciativa para ajudar organizações sem fins lucrativos a aprenderem estratégias do YouTube, onde o Instituto de Mulheres Negras Geledés foi um dos participantes.

“Sabemos que há mais trabalho a fazer, e por isso continuamos a examinar como nossas políticas e produtos estão funcionando para todos, inclusive para a comunidade negra, e buscamos encontrar possíveis brechas”, diz Bibiana, ressaltando que a plataforma também busca garantir que usuários, artistas e criadores de conteúdo negros possam compartilhar suas histórias e estar protegidos de conteúdo de ódio e de intimidação.

Para Ale Santos, reconhecer os creators pretos que já estão em atividade também é importante, pois estas pessoas agem como pontes com outras que atualmente não são ouvidas. Isso amplia as possibilidades de inclusão, diálogo e produção coletiva de inteligência.

“Estamos num país onde há um grupo de pessoas silenciadas, que não participam de discussões importantes na internet, e são muito impactadas pela TV aberta. Através de criadores periféricos ou do interior, como eu, você passa a se conectar com estas pessoas e elas passam também a se identificar com o conteúdo e entrar nas plataformas”, aponta.

Além disso, Santos destaca a oportunidade comercial e lembra que, apesar de estas plataformas de conteúdo serem enormes, ainda tem muito potencial de crescimento: “O Twitter, por exemplo, tem um pouco mais de 40 milhões de usuários em um país de 210 milhões de pessoas, então estamos falando de um cenário de exclusão considerável. Quando creators negros chegam e produzem, também trazem audiência para as plataformas”, ressalta

Segundo o podcaster, aumentar o número de criadores e influencers negros também contribui para endereçar um grande desafio, que é o ponto de partida para os que ainda não estão neste universo: “Ao mesmo tempo que temos o problema de sermos poucos na produção de conteúdo, isso também cria o que chamamos de oceano azul: existem muitas oportunidades para qualquer criador negro se estabelecer e ganhar relevância. Não apenas vale a pena começar, como é necessário começar.”

Veja, na galeria de fotos a seguir, 20 creators negros que falam de negritude e racismo, mas têm muito mais do que isso a dizer:

Alê Garcia

Alê Garcia (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Com seu podcast Negro da Semana, o publicitário gaúcho Alê Garcia busca inspirar e empoderar as pessoas através da cultura e da história de grandes personalidades negras. Os episódios mergulham na trajetória de ícones nacionais, como Conceição Evaristo, Elza Soares e Mano Brown e internacionais, como Spike Lee. Garcia, que é o atual anfitrião do Bravoz, iniciativa do Bradesco para dar mais acesso e visibilidade para artistas negros, também é escritor e seu livro, “A sordidez das pequenas coisas”, foi finalista do Prêmio Jabuti.

Ale Santos

Ale Santos (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Ale Santos é um influenciador digital baseado em Guaratinguetá, no interior paulista. Com mais de 130mil seguidores no Twitter e no LinkedIn, onde é TopVoice, Santos comanda o podcast Infiltrados no Cast, programa que faz investigações históricas e discussões políticas sobre os acontecimentos que construíram ou resistiram à desigualdade racial no Brasil. O especialista em afrofuturismo atualmente prepara um novo livro sobre o tema, “O Último Ancestral”, que será publicado pela Harper Collins em 2021.

Ana Paula Xongani

Ana Paula Xongani (Foto: Arquivo pessoal)

Tratando de temas como o empreendedorismo protagonizado por negros e mulheres no Brasil, além de empoderamento e autoestima da mulher, Ana Paula Xongani atrai centenas de milhares de seguidores em plataformas como o YouTube e Instagram. Praticante do que define como “ativismo afetivo”, busca adotar uma linguagem leve para tratar de temas importantes como racismo, afrolatinidade, autoconhecimento e beleza negra. Nesta última frente, comanda o Ateliê Xongani, empresa de moda afro-brasileira. A multi empresária também tem uma empresa de criação de conteúdo que leva o seu nome, e apresenta o programa Se Essa Roupa Fosse Minha, no GNT, sobre moda consciente.

Anne Caroline Quiangala

Anne Caroline Quiangala (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Em seu canal Preta, Nerd & Burning Hell, Anne Caroline Quiangala trata de temas relacionados à cultura pop, nerd e geek da perspectiva de raça, gênero e classe. Entre os assuntos tratados em seus vídeos, explora suas impressões sobre games, e também traz discussões sobre temas como criatividade, bem como ferramentas para auxiliar o processo criativo, além de escrita, lugar de fala e afrofuturismo. Anne também realiza transmissões ao vivo com projetos como o Preta Read, experiência de leitura coletiva. A YouTuber cria e publica conteúdo com frequência, com vídeos de mais de uma hora publicados cerca de quatro vezes por semana.

Camilla de Lucas

Camilla de Lucas (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A fluminense de 25 anos se tornou uma sensação da internet durante a pandemia graças, principalmente, à febre do TikTok no país. Com seis milhões de seguidores em seus canais, que incluem também YouTube, Twitter e Instagram, a creator, segundo especulações, já teria recebido mais de R$ 1 milhão com campanhas publicitárias durante o isolamento. Irreverente e empoderada, Camilla, que começou a falar sobre cabelo crespo na plataforma de vídeos, tem um forte perfil de beleza e moda, transitando com conteúdos divertidos em seus canais. Tem sido chamada para campanhas de marcas como C&A e Dailus, e está no radar de humoristas e atores.

Eduardo Ribas

Eduardo Ribas (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Há mais de uma década, o jornalista Eduardo Ribas lidera o Per Raps, projeto multiplataforma que inclui um website e um podcast sobre música, hip-hop, lifestyle, cultura de rua e pensamento crítico. No Per Raps Cast, o criador explora esses temas e entrevista personalidades da comunidade negra, como a economista Gabriela Chaves, criadora do projeto de empoderamento financeiro No Front. Entre seus diversos projetos recentes em conteúdo digital, Ribas atuou como curador musical no Google Play Music e desenvolveu projetos especiais para o rapper Emicida e coordenou a comunicação da Lab Fantasma, coletivo de arte urbana do artista.

Gabi Oliveira

Gabi Oliveira (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Abordando temas que vão desde a responsabilidade das redes sociais em questões como a desinformação online até saúde mental na quarentena e beleza, Gabi Oliveira atraiu mais de 800 mil seguidores em suas redes sociais em um pouco mais de três anos de atuação online. Neste espaço de tempo, foi reconhecida em iniciativas como o concurso YouTube Nextup com seu trabalho no canal De Pretas, e se firmou como palestrante, com participação em eventos o Rio2C, Brazil Conference nos Estados Unidos. Gabi também tem um TEDx no currículo, “Um novo olhar sobre a pessoa negra; novas narrativas importam”, palestra que hoje tem mais de 200 mil visualizações no YouTube.

Gleidistone Silva

Gleidistone Silva (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Conhecido como Tom Tom, o publicitário e especialista em marketing e branding mineiro de 26 anos usa seu Instagram para abordar negritude, moda consciente e lifestyle, e ainda criou outra conta, a Nossa Pele Negra, para falar de beleza. Recentemente, criou a websérie #PretosNoFront, com o objetivo de apresentar negros que estão na linha de frente no combate ao coronavírus no Brasil. São três episódios com entrevistados envolvidos diretamente com saúde, comunicação e mobilização social.

Isabela Reis e Flávia Oliveira


Isabela Reis e Flávia Oliveira (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A jornalista carioca Flávia de Oliveira, comentarista de economia do programa Estúdio i, da GloboNews, da rádio CBN e colunista do jornal “O Globo”, comanda, ao lado da filha, Isabela Reis, o podcast Angu de Grilo, que trata os mais diversos temas com a informalidade de um papo entre quem se conhece desde sempre. Em mais de 50 episódios, mãe e filha dão seus pitacos em praticamente tudo: quarentena, racismo, eleições, história, a crise no Rio de Janeiro e muito mais. Na última semana, o programa foi indicado ao Prêmio MTV MIAW na categoria “Podcast Nosso de Cada Dia”.

Jessica Araújo dos Santos

Jessica Araújo dos Santos (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A paulistana de 27 anos conhecida como Preta Araújo usa o humor debochado para falar de tudo em seu canal do YouTube Preta Araújo: machismo, negritude, beleza, questões sociais. A brincadeira que começou no Instagram, onde tem 162 mil seguidores, com os turbantes que fazia, usava e postava, migrou para o canal de vídeos. No ano passado, foi uma das embaixadoras do movimento #FocaNoDinheiro, do banco Neon.

KondZilla

KondZilla (Foto: Mauricio Santana/ Getty Images)

Konrad Dantas, também conhecido como KondZilla, é dono de um dos maiores canais no YouTube do mundo, com mais 60 milhões de inscritos, um marco atingido nesta semana. Responsável por lançar os principais nomes da música funk no Brasil, o canal KondZilla traz conteúdos musicais exclusivos e possui os dois primeiros videoclipes com mais de 1 bilhão de visualizações no Brasil.

Maristela Rosa e Natália Romualdo

Maristela Rosa e Natália Romualdo (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Com pouco mais de 170 mil inscritos no YouTube, as jornalistas mineiras Maristela Rosa e Natália Romualdo criaram o canal Papo de Preta em 2015 para dar voz às mulheres negras. Duas vezes por semana, às quartas e sextas-feiras, elas falam sobre cultura, beleza, racismo, representatividade, feminismo e machismo – quase sempre temas inseridos em contextos muito atuais, como a recente morte do Pantera Negra Chadwick Boseman e o lançamento da Fenty Beauty, marca da cantora pop Rihanna, no Brasil pela Sephora. Em vários deles, fazem duras críticas à indústria cosmética pela falta de produtos adequados ao seu tom de pele.

Nátaly Neri

Nátaly Neri (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A YouTuber de 25 anos Nátaly Neri criou seu canal Afros e Afins em meio às suas descobertas no início do curso de ciências sociais, onde buscou compartilhar suas descobertas sobre a sociedade e si mesma com o máximo de pessoas possível. Hoje, com quase 700 mil inscritos, a influenciadora paulistana fala com uma audiência predominantemente jovem sobre temas como empoderamento feminino, vida profissional e autocuidado, com foco na autonomia.

Nathália Rodrigues

Nathália Rodrigues (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A estudante de administração Nathália Rodrigues lançou seu canal Nath Finanças em 2019, para ajudar pessoas de baixa renda a manterem uma relação saudável com o dinheiro. No curto tempo de existência de seus maiores canais, a influenciadora de 21 anos capturou o imaginário de seu público-alvo e hoje, quase um milhão de pessoas acompanham seu conteúdo nas redes sociais. Nesta semana, anunciou uma parceria com o Spotify para um podcast original com a plataforma, o Boletos Pagos, que visa popularizar o acesso à educação financeira, explicando conceitos de economia e levando dicas de organização financeira.

Renata Hilário e Cris Guterres

Renata Hilário e Cris Guterres (Foto: imagem retirada do site Forbes)

A dupla está à frente do podcast quinzenal Meteora, que, segundo sua própria descrição, “diz o que pensa para provocar inspiração e informa para provocar ação”. Renata é mestre em marketing e inteligência de mercado e publicitária com um pé na sustentabilidade. Cris é jornalista, empreendedora, especialista em liderança e gestão de pessoas e sócia de um restaurante. Juntas, elas falam sobre temas que são considerados tabus e procuram dar voz a pessoas invisíveis.

Samuel Gomes

Samuel Gomes (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Guardei no Armário é o nome do livro de estreia e do canal no YouTube do designer gráfico Samuel Gomes, que nasceram em 2016. De origem periférica e gay assumido, Gomes atualmente acumula mais de 42 mil seguidores em seu canal só no YouTube, onde trata de assuntos relacionados à diversidade sexual e raça em cinco temporadas de vídeos publicados na plataforma. O creator paulistano, que também atua como palestrante focado nos temas que discute em seus canais online, foi eleito LinkedIn Top Voice em 2019.

Spartakus Santiago

Spartakus Santiago (Foto: imagem retirada do site Forbes)

Com mais de 200 mil inscritos em seu canal no YouTube e 370 mil seguidores no Instagram, o publicitário baiano fala desde a acusação de pedofilia na exposição do MAM até a morte de um jovem asfixiado em um supermercado. Usa Beyoncé pra ensinar sobre racismo estrutural, Lady Gaga pra falar sobre saúde mental, Anitta para discutir a cultura do cancelamento e Gloria Groove pra entender sobre pink money. Sua voz extrapolou a internet e, desde o ano passado, apresenta o Cine Clube, da TV Futura.

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