Ele é denunciado por outros seis casos de violência sexual e já foi julgado por matar um homem.
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Daniel Tarciso da Silva Cardoso, estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP), foi absolvido na última terça-feira (7) pelo juiz Klaus Marouelli Arroyo, da 23ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de acordo com reportagem da Ponte.
Ele é acusado de estuprar uma estudante de enfermagem da mesma universidade. A vítima denuncia que a violência ocorreu durante a Med Pholia, uma festa tradicional promovida por estudantes de medicina, em 2012.
De acordo com a sentença, à qual a Ponte Jornalismo teve acesso, o juiz justificou sua decisão com base na “inconsistência das declarações da ofendida” e por ter “prova em sentido diverso, a sustentar a versão do acusado, quer de cunho testemunhal (…) como também documental (…)”.
A vítima conta que, depois de tomar um drinque oferecido por Cardoso, perdeu os sentidos e foi levada por ele até a Casa do Estudante, um alojamento onde ficam os alunos onde foi estuprada. Em depoimento, a estudante disse que acordou com Cardoso em cima dela, que gritou muito e tentou escapar, mas não conseguiu, porque ele aplicou golpes de judô.
Além destas acusações, o estudante de medicina já matou a tiros um homem durante o Carnaval em 2004. Cardoso foi policial militar entre 2004 e 2006. Ele foi condenado a um ano de reclusão. Houve recurso e o Tribunal de Justiça decidiu extinguir a pena, em agosto de 2012. Em 2008, ele pediu exoneração da PM.
Em novembro de 2016, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) afirmou que Cardoso não teria acesso ao registro profissional (CRM).
A decisão permanece até que o Conselho tenha acesso integral aos processos.