Feminicídio na Argentina: Mulher de 47 anos morre após ser empalada e agredida sexualmente

BRAZIL, SAO PAULO - OCTOBER 19: Women take part in a one-hour 'women's strike' on October 19, 2016, Sao Paulo, Brazil, to protest against violence against women and in solidarity for the brutal killing of Lucía Pérez, a 16-year-old Argentine girl who was raped and murdered by drug dealers in Mar del Plata, Argentina. This demonstration echoes "Ni Una Menos" (Not one women less) movement, originated in Argentina (Photo by: Cris Faga/Latincontent/Getty

Mais um caso trágico de feminicídio deixa a Argentina em luto.

A doméstica Irma Ferreyra da Rocha, de 47 anos, foi vítima de um ataque sexual no fim de semana. Ela foi empalada e agredida por um pedreiro na noite de sábado (17).

Fonte: Huffpost Brasil

por, Diego Iraheta

Irma era mãe, tinha 7 filhos, arrimo de família.

Ela estava em uma festa em Garupá, no nordeste do país. Foi lá que conheceu Alejandro Esteche, de 28, apelidado de “El Porteño”.

Ele a levou a para um descampado, onde ocorreu a violência com uma tora de madeira.

Um morador local descobriu a mulher ensanguentada. A dor e a agonia duraram mais de um dia, segundo o jornal El Clarín.

As lesões provocadas pela agressão foram irreversíveis, e Irma morreu no domingo.

Segundo o jornal local Misiones Online, o agressor negou ter violentado a vítima e disse que ocorreu uma relação sexual consentida.

El Porteño admitiu que introduziu o ramo na vagina da vítima porque ela “pedia mais”. No entanto, ao notar os ferimentos provocados pelo ato, desesperou-se e fugiu, deixando Irma sozinha no local ermo onde estavam.

A polícia local informa que também foram detectados sinais de espancamento na doméstica, mas o pedreiro negou agressões.

Alejandro Esteche foi indiciado por homicídio e abuso sexual.

Ni Una A Menos

O feminicídio é um dos principais dramas da Argentina, onde 275 mortes por violência de gênero foram registradas só no último ano.

Em outubro, uma adolescente de 16 anos também morreu após ser estuprada e empalada. Os criminosos chegaram a lavar o corpo da vítima para simular uma overdose e a levaram ao hospital.

O assassinato de Lucía Perez foi descrito pela Justiça argentina como “aberração desumana”.

Após esse episódio, milhares de mulheres participaram de passeatas e de uma greve geral por uma hora em diferentes cidades da Argentina.

A mobilização foi protagonizada pelo movimento Ni Una A Menos, que se apresenta como um “grito coletivo contra a violência machista” e atua como grupo de pressão na política para proteger as mulheres na Argentina.

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