Festival expõe e exalta cultura africana no Rio

Fonte: Folha de São Paulo –

Shows e debates reúnem grandes nomes da cultura negra para discussão e festa

Gilberto Gil, MV Bill, Omara Portuondo, Mart’nália e Bob Geldof são alguns dos convidados do Back2Black, festival que começa hoje

 

Um dia todos fomos negros. A partir dessa constatação -de que a África foi o berço da humanidade-, o festival Back2Black, que começa hoje no Rio, pretende expor e discutir a cultura e a situação dos africanos, além de exaltar a influência daquele continente sobre a cultura brasileira. O evento reúne artistas brasileiros –MV Bill, Mano Brown, Gilberto Gil, Mart’nália, dona Ivone Lara-, a cantora cubana Omara Portuondo e diversos artistas africanos.

A festa ocorre de hoje até domingo, na estação Leopoldina (região central), e oferece conferências e shows. Os preços variam de R$ 60 a R$ 160. “O Back2Black procura resgatar a importância da África. Nossa abordagem vai desde a aparição do homem em tempos remotos até a miscigenação e os desdobramentos políticos e culturais”, diz Connie Lopes, que idealizou o evento.

O primeiro debate, hoje, reunirá o cantor irlandês Bob Geldof e o pintor e escritor sul-africano Breyten Breytenbach, líder da luta contra o Apartheid. A mediação é do escritor angolano José Eduardo Agualusa.

O segundo encontro, amanhã, reunirá MV Bill, o cineasta sul-africano Gavin Hood e o cantor senegalês Youssou N’Dour. No domingo, o debate terá Gilberto Gil, a economista Dambisa Moyo e Graça Machel, mulher do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. Depois de cada debate tem música. As atrações de hoje são Gilberto Gil e Youssou N’Dour.

Amanhã, o som começa com MV Bill. Depois, a banda Black Rio fará homenagem a Tim Maia, com a participação de Ed Motta e de Mano Brown e Ice Blue, ambos do Racionais MCs.

A noite de amanhã tem mistura de ritmos: primeiro o funk carioca de DJ Sany Pitbull, depois o kuduro, ritmo de Angola, com o DJ Znobia, e, por fim, o krumping, de Los Angeles.

No domingo, 11 cantores vão cair no samba. “Os africanos conhecem a música brasileira, mas nós quase não conhecemos a música de lá. Esse festival será uma chance de aprendermos”, diz Mart’nália, mestre de cerimônias desse show.
Para abrigar o evento, a estação ganhou cenografia de Bia Lessa com 140 fotos e seis mapas gigantes que mostram a África de 1920 aos dias atuais.

O Back2Black tem uma programação simultânea em Brasília, onde se estende de hoje até segunda-feira.


BACK2BLACK

 

Quando: hoje e amanhã, a partir das 20h; dom., às 17h
Onde: Estação Leopoldina (rua Francisco Bicalho, s/nº, 0/xx/21/ 2535-9848)
Quanto: R$ 80 (palestra e show); R$ 60 (só show); R$ 130 (pacote por 2 dias); R$ 160 (pacote por 3 dias) Classificação: 16 anos

Matéria original

-+=
Sair da versão mobile