A Folha tem um novo conselho editorial a partir deste domingo (19). Trata-se de um “colegiado com funções consultivas cujos integrantes são jornalistas e não jornalistas”, como explica o Manual da Redação.
A missão do conselho é criticar o jornal, trazer novas ideias e discutir tendências. Os membros devem se reunir de três a quatro vezes por ano.
O colegiado ganha agora sua configuração mais eclética desde foi criado, em maio de 1978. Há diversidade nesse grupo de 11 pessoas em um sentido amplo: não apenas de gênero, raça e religião, mas também de pontos de vista.
Assim, o jornal dá um novo passo em um movimento que se reforçou em 2019, quando foi criada a editoria de Diversidade, com o objetivo de refletir sobre a variedade da vida social no país e o dia a dia na Redação.
O novo conselho é formado, em ordem alfabética, por Hélio Schwartsman, colunista da Folha e autor de livros como “Pensando Bem…”; Joel Pinheiro da Fonseca, também colunista do jornal e comentarista do UOL News; Luiz Frias, publisher da Folha; Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza e recém-escolhida como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista Time.
E ainda Patricia Blanco, presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta, entidade sem fins lucrativos que promove a liberdade de expressão; Patrícia Campos Mello, repórter especial da Folha e autora de livros como “A Máquina do Ódio”; Persio Arida, economista e ex-presidente do Banco Central; Ronaldo Lemos, diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e colunista do jornal.
Fecham a lista o diretor de Redação, Sérgio Dávila, secretário do conselho editorial; Sueli Carneiro, escritora, filósofa e ativista; e Thiago Amparo, advogado com especialidade em direitos humanos e também colunista da Folha.
Quando criado, há 43 anos, o conselho era formado por nove homens brancos. Entre eles, estavam grandes jornalistas, como Cláudio Abramo, Samuel Wainer, Boris Casoy, Luiz Alberto Bahia, Newton Rodrigues e Alberto Dines.
O secretário dessa primeira comissão era Otavio Frias Filho, com apenas 20 anos àquela altura. Exerceu essa função por quatro décadas, até 2018, ano em que morreu.
Desde então, o conselho teve 34 formações, e o número de integrantes variou de 5 a 13 nesse período. Passaram pelo colegiado nomes como Otto Lara Resende, Carlos Heitor Cony, Janio de Freitas, Clóvis Rossi, Rogério Cezar de Cerqueira Leite, Joelmir Beting, Marcelo Coelho, Matinas Suzuki Jr., Celso Pinto e Gilberto Dimenstein.
DIRETOR DE OPINIÃO
Também a partir deste domingo, o jornalista Gustavo Patu passa a ocupar o recém-criado cargo de diretor de Opinião, no qual vai coordenar os editoriais da Folha. Ele se reportará ao publisher e ao diretor de Redação.
Na jornal há 29 anos, Patu foi coordenador de Economia da Sucursal de Brasília, editor da Primeira Página e repórter especial voltado à cobertura de gestão e finanças públicas, tendo editado o blog Dinheiro Público & Cia. Está à frente dos editoriais desde 2017.