Friburgo perde o músico Nego Dé para a Covid-19

FONTEDo JORNAL A VOZ DA SERRA
( Foto: Divulgação/Espaço Bistrô)

Morreu neste domingo, 3, o músico André Henrique de Souza, mais conhecido como Nego Dé. Famoso e querido em Nova Friburgo, nos distritos de São Pedro da Serra e Lumiar e em cidades da Região dos Lagos, onde costumava se apresentar, Nego Dé havia recebido diagnóstico de Covid-19, depois um primeiro atendimento no Hospital Municipal Raul Sertã, no final de março, quando, segundo amigos, apresentou sintomas da doença e recolheu material para exames laboratoriais.

Jovem e forte, como não era de grupo de risco, o músico foi liberado para continuar o tratamento em casa. Voltava ao hospital uma vez por semana, para monitorar seu quadro de saúde. Há postagens dele, numa rede social, contando o sofrimento com a doença e como conseguiu, aos poucos, vencê-la.

Nego Dé conseguiu se recuperar e, em isolamento em casa, chegou a gravar uma música. Na semana passada, ainda segundo amigos, chegou a dirigir até Rio das Ostras para resolver detalhes de uma live que iria gravar na sexta-feira, 1º de maio, num bar da cidade. Mas na quinta voltou a se sentir mal. Teve febre e, de novo, dificuldade para respirar. A live foi cancelada. Em vídeo, ainda tossindo muito, ele se disse surpreso com a piora e fala estar lutando contra “água nos pulmões”, que o impediu de dormir noites seguidas.

De volta ao Raul Sertã, internado, enviou mensagem de madrugada a uma amiga dizendo estar com muito medo. “Parece que é a Covid de novo. Não estou acreditando”, escreveu. No início da manhã deste domingo, parou de mandar notícias.

Ex-menino de rua e músico auto-didata, de raro talento, Nego Dé tocava violão e percussão, além de cantar. Era frequentemente chamado de “Seu Jorge de Nova Friburgo”, em alusão ao músico carioca, devido à voz extremamente grave e encorpada. Tinha 41 anos e deixa uma filha.

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