“Fui poupada pela imprensa por ser branca, classe média e artista”, diz Laerte sobre transição

No Roda Viva, cartunista detalha como foi o processo de transição e lembra tratamento da imprensa na época

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Reprodução/TV Cultura

Como parte da programação especial ao Mês da Mulher, o Roda Viva recebe Laerte Coutinho nesta segunda-feira (13).

A jornalista Luiza Monteiro apresenta no programa uma pesquisa da cobertura de imprensa sobre a transição da cartunista e pergunta coma ela se sentiu tratada pelos veículos ao longo do processo. Ela admite que foi bastante poupada e não se considera uma “causadora de problemas”.

“Eu achava que seria mais atacada. Teve alguns artigos e colunas que foram especialmente ácidos e agressivos comigo. Me chamaram de feia. Mas sei que fui poupada por ser branca, classe média e artista”, diz a artista.

Coutinho compara sua fase de transição com a de pessoas negras e de periferias e garante que foi bem menos atacada. No caso delas, ela afirma que é “paulada direto”.

“A quantidade de ataques e assassinatos é enorme. Não lembro o número exato, mas é muito grande. O Brasil ainda é um país que tem um monte de assassinatos sem motivos, investigações e soluções”, completa.

Assista ao programa completo:

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