Fundo Baobá realiza aula inaugural do Programa Já É – Educação e Equidade Racial

FONTEFolha de S.Paulo
Divulgação

O Fundo Baobá para Equidade Racial realiza nesta quinta-feira (18), às 19h, a aula inaugural do Programa Já É – Educação e Equidade Racial. A iniciativa oferece 100 bolsas em cursos pré-vestibular, apoiando estudantes da periferia de São Paulo e municípios da Grande São Paulo na superação do gargalo que impede a entrada de negros no ensino superior.

A aula é dedicada aos 83 estudantes matriculados, com idades entre 17 e 25 anos, e seus familiares, além de representantes do Fundo Baobá e instituições apoiadoras do programa, como Citi Foundation, Demarest Advogados, Amadi Technology e Instituto Poli Saber/ Cursinho da Poli.

Adaptado ao formato virtual em função da pandemia, o programa disponibilizará notebooks e chips para o acompanhamento das aulas.

Os alunos também terão apoio para enfrentamento dos efeitos psicossociais do racismo e para a ampliação das habilidades socioemocionais e vocacionais. Quando as aulas voltarem a ser presenciais, ainda terão auxílio alimentação e vale-transporte.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), de 2019, mostram que o índice de alunos pardos e negros matriculados em universidades públicas brasileiras superou a taxa de alunos brancos, alcançando 50,3%. Porém pretos e pardos, que representam 55,8% da população brasileira, ainda estão proporcionalmente sub-representados.

Entre os jovens selecionados está Vinicios Salatiel, 23, que pretende cursar Ciência da Computação. “Escolhi por causa dos jogos, uma das minhas paixões”, afirma.

Luiza Firmino Gabriel, 18, quer cursar Medicina. “Será uma conquista muito grande para uma jovem negra ser médica pediatra”, diz Luiza, leitora voraz de Machado de Assis. “A Thelma Assis (do BBB 20) é minha inspiração, assim como a enfermeira Mônica Calazans, que foi a primeira pessoa a tomar a vacina em São Paulo”, completa.

 

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