Geledés lança livro que resgata sua trajetória

“Caminhos que levam a Geledés: narrativas de autonomia através da organização de mulheres negras em São Paulo”, de Suelen Girotte do Prado, foi elaborado a partir de trabalho de memória das mulheres fundadoras da organização

Geledés – Instituto da Mulher Negra lança, nesta sexta-feira, 29, o livro Caminhos que levam a Geledés: narrativas de autonomia através da organização de mulheres negras em São Paulo . A publicação é fruto da dissertação de mestrado da historiadora Suelen Girotte do Prado que investigou a agenda do movimento de mulheres negras e as ações de Geledés entre os anos 1980 e 1990.

A autora busca a compreensão de como a organização foi capaz de dialogar com as estruturas políticas para a garantia de direitos da população negra, em especial das mulheres negras. “Em 2017, passeando pelo portal Geledés encontrei o Caderno Geledés número 2 em pdf; baixei-o e comecei a ler. Aí veio a primeira pergunta: ‘Como as mulheres do instituto desenvolveram estratégias e práticas para agir em defesa de mulheres negras?’”, recorda-se Suelen.

Caminhos que levam a Geledés
Caminhos que levam a Geledés

Na publicação, o professor doutor Amailton Magno Azevedo ressalta que “atuando nas fímbrias do sistema político moderno, a organização Geledés realçou os desejos e projetos femininos”. O professor escreve ainda que as fundadoras do instituto “pertencem à geração definida como feminista, uma corrente de pensamento cuja ideia basilar era defender direitos iguais para as mulheres, bem como de crítica ao machismo e, considerando a perspectiva negra, também ao racismo”.

Conheça o Centro de Documentação e Memória Institucional do Geledés

Já a Coordenadora Executiva do Geledés – Instituto da Mulher Negra, Nilza Iraci, ao se referir à Suelen ressalta no livro que a “jovem historiadora negra refaz o caminho desta organização nos anos 1980 e 1990, e com uma narrativa instigante retrata nossa trajetória de sonhos, inquietudes, utopias, conquistas e receios”

Sobre a autora: Suelen Girotte do Prado nasceu em São José do Rio Pardo, no Estado de São Paulo. É professora de História na rede municipal de São Paulo e Coordenadora do Centro de Documentação e Memória Institucional do Geledés– Instituto da Mulher Negra.  Licenciada em História pela FEUC- São José do Rio Pardo, Suelen se especializou (Latu-Senso) em História Sociedade e Cultura pela PUC-SP.  É Mestra em História Social pela PUC- SP e membra do Centro de Estudos Culturais Africanos e da Diáspora – CECAFRO/PUC-SP.

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