Gilberto Gil: “Um evento drástico como a pandemia ajuda a fortalecer o desejo da humanidade avançar”

FONTEEl País, por Guilherme Henrique
Gilberto Gil (Reprodução/Instagram)

Gilberto Gil tem vivido sentimentos difusos ao longo da pandemia. A indignação com os casos de fura-fila da vacina e festas clandestinas dão ao compositor uma expressão séria, como se a serenidade que lhe é característica desaparecesse. Mas ele logo se recupera. “Um evento dramático e drástico como esse ajuda a humanidade a fortalecer o seu desejo de avançar”, afirmou em entrevista por chamada de vídeo ao EL PAÍS. Essa dualidade entre o bem e o mal agir é, para Gil, o componente principal da humanidade. “A raça humana é a ferida acesa/Uma beleza, uma podridão”, dizem os versos da canção Raça Humana, de meados dos anos 1980. “Estamos sempre entre a virtude e o pecado, o tempo todo”, comenta. Quando a avaliação recai sobre o presidente Jair Bolsonaro, Gil respira fundo. “Quero que o aperfeiçoamento humano aconteça em todos os indivíduos, inclusive para os que não comungam uma visão generosa da sociedade”, explica. Mas nem só de compaixão vive o homem. “São pessoas que querem nos destruir, que fazem de tudo para fazer prevalecer uma visão maldosa da bondade”, afirma.

O artista analisou a crise no meio ambiente – ele acaba de lançar uma música em parceria com Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado -, a situação da cultura brasileira, onde foi ministro de Lula, e a própria existência quase octogenária, celebrada recentemente com o título de Doutor Honoris Causa do campus em Valência da Universidade de Berklee, com sede em Boston, nos EUA.

 

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