Guterres: Comércio transatlântico de escravos foi “terrível manifestação de barbaridade humana”

Foto: EPA / JUSTIN LANE

Secretário-geral da ONU defendeu que é preciso “continuar a lutar contra o racismo e preconceito”, indicando que “mais de 15 milhões de pessoas foram vítimas deste desprezível crime ao longo de 400 anos”.

por Lusa no Sabado.Pt

Foto: EPA / JUSTIN LANE

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, afirmou hoje que o comércio de escravos através do Oceano Atlântico foi “uma das mais terríveis manifestações da barbaridade humana”.

“O comércio transatlântico de escravos foi umas das mais terríveis manifestações da barbaridade humana”, escreveu o português na plataforma social Twitter, acrescentando que “mais de 15 milhões de pessoas foram vítimas deste desprezível crime ao longo de 400 anos”.

António Guterres conclui a sua publicação, defendendo: “Devemos honrar a sua memória enquanto continuamos a lutar contra o racismo e preconceito”.

Hoje cumprem-se 400 anos desde que escravos africanos chegaram a território norte-americano, marco assinalado através do Dia Internacional da Abolição do Tráfico Negreiro, adotado pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) através da Resolução 29C/40 de 23 de agosto de 1998.

Foi em agosto de 1619 que os primeiros navios portugueses transportando africanos que haviam sido raptados e vendidos como escravos no território que viria a ser Angola chegaram à cidade de Jamestown, no estado da Virgínia, na época uma colónia britânica.

Para o Governo de Angola a chegada destes primeiros 20 escravos angolanos contribuiu para a fundação da atual “cultura afro-americana”.

A ministra da Cultura angolana, Maria da Piedade de Jesus, considerou que a chegada dos primeiros 20 angolanos ao território norte-americano “contribuiu na conformação da cultura afro-americana a julgar pela forte presença dos angolanos durante o século XVII”.

Para o secretário de Estado da Cultura angolano, Aguinaldo Cristóvão, as consequências do tráfico de escravos “são visíveis em todo o território nacional, sobretudo nas localidades onde o fenómeno foi intenso”.

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