A Inglaterra ficou com o vice campeonato da Eurocopa ao perder para a Itália nos pênaltis e, nas redes sociais, uma onda de racismo caiu sobre os três jogadores ingleses que perderam as cobranças. Reagindo às ofensas sobre Rashford, Sancho e Saka, Lewis Hamilton não ficou calado e postou um texto em apoio aos jogadores.
“O comportamento nojento de poucos mostra quanto trabalho ainda precisa ser feito. Espero que isso abra uma conversa sobre aceitação. Devemos trabalhar em prol de uma sociedade que não exija que os jogadores negros provem seu valor ou posição na sociedade apenas por meio da vitória. Todos na seleção da Inglaterra deveriam estar muito orgulhosos de suas conquistas e de como nos representaram”, escreveu o piloto da Mercedes.
Ativista e sempre presente no debate sobre a luta contra o racismo, o heptacampeão mundial também falou sobre a experiência de se ganhar e perder como um atleta negro e a campanha da seleção inglesa na Eurocopa.
“Tanta coisa estava passando pela minha mente enquanto eu assistia aos momentos finais da partida na noite passada. Por um lado, eu estava tão orgulhoso de quão longe chegamos … Estar na final e com uma equipe tão diversa é uma grande conquista da qual todos devemos estar orgulhosos, mas como os jogadores se prepararam para marcar os pênaltis, fiquei preocupado. A pressão para entregar é sentida por todos os desportistas, mas quando você é uma minoria representando seu país, esta é uma experiência em camadas. O sucesso pareceria uma vitória dupla, mas uma falha parece um fracasso duplo quando combinado com o abuso racista. Eu queria tanto aquela vitória como todos vocês, mas para mim foi muito mais do que ganhar os euros, foi um quadro muito maior”, disse em seu Instagram.
Na Fórmula 1, Hamilton é o único piloto negro e busca manter as pautas sociais em meio ao ambiente bilionário do automobilismo. Quem também se posicionou contra os ataques aos três jogadores da seleção foi a própria federação inglesa de futebol, que condenou o racismo e prometeu suporte aos atletas.