Iniciativas combatem racismo durante a Copa do Mundo

Por:Ádamo Araujo

Sepir vai às ruas para sensibilizar a população local e os turistas na luta contra a discriminação racial

BRASÍLIA (23/6/14) – Dois casos de discriminação foram registrados no FIFA Fan Fest nos primeiros dias de Copa do Mundo. O número é considerado elevado pela Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (Sepir-DF). Preocupada em intensificar as ações do combate ao racismo, principalmente neste período do Mundial, a pasta preparou uma série de ações para sensibilizar brasileiros e turistas.

Além do trabalho de sensibilização de combate ao preconceito racial, o Projeto DF por uma Copa sem Racismo pretende fazer um levantamento seguido de avaliação para identificar áreas de risco de possíveis casos de discriminação. “Nós iniciamos agora na Copa do Mundo, mas planejamos voltar a agir intensamente também durante a época das Olimpíadas e na disputa de outras competições que o DF tiver participação direta ou indireta”, explicou o secretário Viridiano Custódio de Brito.

As atuações estão acontecendo esporadicamente em cinco pontos itinerantes: Rodoferroviária Interestadual, Rodoviária do Plano Piloto, FiFA Fan Fest, Aeroporto JK e Feira da Torre de TV. É importante destacar que, pela possiblidade de não ter um ponto fixo, durante o jogo Brasil x Camarões, a iniciativa deve acontecer nos arredores do Mané Garrincha.

“Brasília é pioneira em ações desse tipo. O melhor de implementar o DF por uma Copa sem Racismo neste período é que todos os olhos do mundo estão voltados para nós e a gente aproveita a questão do futebol para contextualizar com todos esses atos de discriminação que aconteceram ultimamente nos estádios”, lembrou Viridiano, citando entre outros casos o do volante Tinga, do Cruzeiro, que foi hostilizado durante jogo da Libertadores da América.

As atuações da Sepir são compostas por três etapas. A primeira delas é a Prevenção, na qual as equipes vão às ruas nos pontos itinerantes para distribuir panfletos e informativos. Na sequência, acontece a Observação, quando é feito levantamento por meio de questionário para saber onde estão possíveis áreas de risco passíveis de acontecer atos racistas. Por fim, o Acolhimento, que é a constatação de casos e o devido encaminhamento para as autoridades competentes.

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