Italiano é preso suspeito de hostilizar judeu no Aeroporto do Galeão, no Rio

Este é o italiano Fabrizio Trinchero, pouco antes de ser detido hoje no Aeroporto Tom Jobim

Este é o italiano Fabrizio Trinchero, pouco antes de ser detido hoje no Aeroporto Tom Jobim

Estrangeiro pagou fiança e vai responder à Justiça por injúria racial.
Advogado da vítima confirmou injúria e contou como ocorreu o crime.

por Patricia Teixeira no G1

Um iltaliano foi preso em flagrante por suspeita de injúria racial nesta quarta-feira (19), no Aeroporto Antonio Carlos Jobim (Galeão), na Zona Norte do Rio. Segundo o advogado da vítima Ricardo Brajterman, Fabrizio Trinchero – o estrangeiro preso – ofendeu o judeu carioca Leo Rabinovich, de 20 anos. A detenção foi confimada por funcionários do aeroporto.

O advogado conta que a voz de prisão foi dada pelo delegado Marcelo Nogueira, da Polícia Federal, que lavrou o auto de prisão em flagrante. Detido em flagrante, Trinchero foi levado para a delegacia da PF no aeroporto e foi autuado por injúria racial, crime pelo qual o italiano responderá à Justiça.

No início da noite desta quarta, o italiano pagou fiança fixada em R$ 2 mil e foi solto, de acordo com Ricardo Sidi, outro advogado da vítima, Leo Rabinovich.

“Leo estava na fila acompanhando a mãe, que ia embarcar para Itália, quando o italiano começou a fazer saudações nazistas, chamando o nome de Hitler e dizendo que ele deveria ter exterminado todos os judeus. A Polícia Federal foi acionada e deu voz de prisão ao cidadão”, conta Brajterman.

Segundo o advogado, Rabinovich e mais quatro pessoas prestaram depoimento na delegacia da Polícia Federal, no aeroporto do Galeão. Brajterman contou, ainda, que o italiano chorou muito ao ser preso e que pode ter seu visto cassado. Ele seria sócio de um estabelecimento comercial na Barra da Tijuca.

O caso também foi relatado na página do Facebook da Federação Israelita do Rio. Segundo a entidade, as ofensas começaram depois que o italiano percebeu que Leo usava um quipá (chapéu usado por judeus).

G1 entrou em contato com a Polícia Federal e com o consulado italiano, mas ainda não conseguiu falar com os responsáveis pelo caso na corporação nem com diplomatas que pudessem confirmar a situação do visto do italiano.

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