Jonathan Majors encara Kang, o próximo ‘grande vilão’ da Marvel nos cinemas, como um ‘anti-herói’

Em entrevista ao g1, ator fala sobre 'assumir o manto' de maior antagonista da próxima fase. Personagem vai ser apresentado em 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania'.

FONTEPor Cesar Soto, Do g1
Jonathan Majors em cena de 'Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania' (Foto: Divulgação)

O próximo grande vilão da Marvel nos cinemas, o viajante do tempo Kang, o Conquistador, é encarado por seu intérprete como um anti-herói. Pelo menos é a forma como Jonathan Majors, ator que estreia como o personagem em “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” em fevereiro, o vê. Assista à entrevista no vídeo acima.

Mas o terceiro filme do herói interpretado por Paul Rudd não é exatamente a primeira empreitada de Majors no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU, na sigla em inglês) – e nem como o próprio Kang.

No último episódio da série “Loki”, estrelada ironicamente pelo primeiro grande antagonista da saga, o americano deu as caras como Aquele Que Permanece, uma das infinitas versões do personagem em um multiverso sem limites.

“Não é interessante interpretar o cara malvado. Sabe o que eu quero dizer? É mais interessante uma pessoa que quer algo diferente do que você. Então, você começa a jogar. Há mais conflito. Eu acredito que há mais conflito interno do que conflito externo quando você é contra algo”, diz o ator em entrevista ao g1 durante passagem pelo Brasil para participar da CCXP 2022.

“Mas, não se confunda. Ele é um supervilão. Mas há também uma qualidade de anti-herói nele, eu acho.”

Kang, o Conquistador (do manto)

Quando “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania” estrear em 16 de fevereiro, Majors vai quase automaticamente se tornar um daqueles nomes conhecidos no mundo inteiro.

Afinal, aos 33 anos ele ainda não estrelou produções gigantescas iguais às do MCU, ou até mesmo sucessos estrondosos de bilheteria. Mesmo assim, coleciona um bom número de papéis conceituados entre críticos, em especial para uma carreira que teve início em 2017.

Entre os destaques, estão os trabalhos no independente “The last black man in San Francisco” (2019), elogiado pelo ex-presidente americano Barack Obama, “Destacamento Blood” (2020), de Spike Lee, e a série “Lovecraft Country”.

Mas Kang será mesmo um passo maior para o ator, que até agora tinha preferido produções menores.

O viajante do tempo com poderes e conhecimentos praticamente ilimitados publicado pela primeira vez em 1963 (ou 1964, depende da versão do personagem, conhecido por muitas delas) foi criado por Stan Lee e Jack Kirby.

Desde então, o personagem se tornou um dos principais vilões dos quadrinhos da editora, com grandes confrontos contra os Vingadores e o Quarteto Fantástico.

Essa ligação com diversos times e histórias dos gibis, além da oportunidade de interpretar diferentes possibilidades da mesma pessoa, foi o que atraiu Majors.

“Kang é bem único e também peculiar. Ele é um vilão que toca os Vingadores e também toca o Quarteto Fantástico. Ele toca todos esses mundos que são extremamente interessantes. Mas a preparação foi mais no ponto do que ele precisava ser para esta fase. E o que um ‘vilão’ é e precisa ser para a fase em si. Ele é extremamente único no sentido de que é um viajante do tempo”, diz ele.

Para sua atuação, ele também olhou para seus antecessores. O Loki de Tom Hiddleston, o Ultron de James Spader e o Thanos de Josh Brolin. Todos o ajudaram a chegar ao que o grande vilão da próxima fase deveria ser.

“Estamos todos movendo nessa direção. De criar um ‘vilão’ que seja icônico e que consiga se sustentar sozinho e que também atinja os requisitos necessários, sabe? Para assumir o manto de ‘grande vilão'”, conta o ator, fazendo as aspas com os dedos.

Kang, o Conquistador nos quadrinhos da Marvel (Foto: Divulgação)

‘Kang chegou’

O diretor da trilogia, Peyton Reed, brigou muito para que o personagem estreasse em seu filme. Fã declarado do antagonista, ele se interessava pela chance de colocar um herói subestimado como o Homem-Formiga contra alguém com poderes quase insuperáveis.

“Eu precisava de alguém que fosse uma força da natureza. Que fosse imponente fisicamente, mas também muito dominante em relação à sua atuação. Jonathan sempre foi minha primeira escolha para este papel”, diz Reed.

“Jonathan sempre tocava música. Você estava trabalhando e ouvia ele chegando. Ele chegava e dava voltas no estúdio como um boxeador como Kang e isso realmente ditava o tom na gravação. ‘Todo mundo, Kang chegou.’ Eu amava. E era uma coisa ótima. Um choque no sistema do filme do ‘Homem-Formiga’. Era exatamente o que precisávamos.”

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