Livre defende quotas étnico raciais para “reduzir assimetrias”

Cabeça de lista do Livre por Lisboa assume que partido vai tentar eleger mais do que um deputado nas legislativas de outubro e defendeu quotas étnico raciais para “reduzir assimetrias estruturais”.

Da Agência Lusa

Joacine Katar Moreira- mulher negra de cabelo curto, usando roupa branca, brinco azul e batom vermelho- em pé com os braços cruzados
MIGUEL A. LOPES/LUSA

A cabeça de lista do Livre por Lisboa assume que o partido se está a esforçar para eleger mais do que um deputado nas legislativas de outubro e defendeu quotas étnico raciais para “reduzir assimetrias estruturais”.

“Realisticamente, o nosso objetivo é elegermos um [deputado à Assembleia da República], mas o nosso esforço não é para elegermos um. O nosso esforço, o nosso enfoque, os nossos objetivos é para nós, obviamente, realizarmos a existência de um grupo parlamentar”, disse Joacine Katar Moreira em entrevista à agência Lusa, no âmbito das eleições de 06 de outubro.

“Mas, obviamente, que elegendo uma deputada neste exato momento, isto inevitavelmente nos vai dar hipótese de nós elegermos oito nas outras legislativas”, acredita Joacine, que enfatiza o facto de ser a única mulher negra a encabeçar as candidaturas pelo círculo da capital.

Esta esperança é justificada com o programa eleitoral do Livre, “construído por militantes das várias áreas” e que é “feito para que haja uma efetiva mudança” no panorama nacional. Entre as medidas que constam do programa do Livre, a candidata exalta o combate à violência doméstica, a implementação de quotas étnico raciais para acesso a cargos públicos ou o aumento do ordenado mínimo nacional.

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